tag:blogger.com,1999:blog-33728390918834655602024-03-08T07:59:46.288-08:00En-tre-li-nhasLuciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.comBlogger89125tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-85273278753125273092015-07-05T19:53:00.000-07:002015-07-05T20:00:50.647-07:00O último (o pesar dos indesculpáveis)O dia chegou. Não estou falando da morte de ninguém especial, nem mesmo de quem vos escreve. O dia em que eu decidi não mais fazer, pelo menos aqui, o que faço sempre quando posso: escrever. Alguém aí do outro lado deve estar pensando que eu perdi uma mão, perdi o juízo. Esse último eu nunca tive. Pois é...o último. A palavra que limita os pesares. A palavra que vigia a fronteira com o desconhecido, com o inimaginável. Porque ela não é (e nem nunca deve ser) o fim de algo. As pessoas sempre ficaram, ou ficam nesses blá blá blá 's de dizer que "agora que estamos no último, queria dizer que foi bom, mas tudo que é bom acaba". Erro grotesco. Nada que é bom acaba, porque tudo que é bom dura pra sempre. Esse tal pra sempre não é nada mensurável, mas e daí? Não to aqui pra medir distâncias e sim falar sobre cada uma delas. Das distâncias das pessoas, dos lugares, dos momentos bons e ruins. Do que escrevi em cada momento que compartilhei ou o que compartilhei em cada letra que escrevi. Não vou fazer luto nem pesar, vou terminar assim como começou. Talvez um dia volte a escrever em blog, mas não aqui. Quero fechar esse ciclo, terminar esse momento a qual passei por volta de dois anos e meio e pouco. Lá no dia 13 de fevereiro eu dava inicio a essa caminhada. E agora a cumpri, com méritos e deméritos. Contei histórias sobre mim e sobre aqueles que me rodeiam ou me rodearam. Pessoas que vão e vem, assim como o pêndulo infinito do destino. A oscilação de todos nós; de onde estamos, pra onde iremos ou pra que lado se deve correr. Dos amores a qual começaram e terminaram com frases que eu muitas das vezes não queria escrever, porém não me via se ter feito. Do tempo ruim e do tempo bom. Do tempo.<br />
Então, resolvi copiar as primeiras linhas do que fiz, pra não deixar nada entrelinhas dessa vez (sendo que isso é impossível)<br />
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<i><span style="color: red;"><br />Pra começar...<br /><br />Já são mais de meia noite. Mas resolvi começar, já que isso é inevitável aos que amam escrever. Pois é. Procurei não me definir, mas também ficou difícil escrever sem dizer quem sou. </span></i><i><span style="color: red;"><br /></span></i><br />
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E agora decidi parar. Porque não vou fazer desse texto o último. Encarem ele como se fosse o primeiro dos que virão em uma próxima jornada.<br />
Obrigado aos que leram, aos que compartilharam e aos que não fizeram nada. Afinal, sou grato por tudo, tenho que incluir também os que me odeiam ou me ignoram!<br />
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Namastê e até breveLuciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-60396414044328343402015-05-16T14:25:00.000-07:002015-05-16T14:25:19.692-07:00E aí meu irmão, cadê você?Hoje eu decidi ser mais nostálgico do que ando sendo ultimamente. Acho que saudosismo é coisa de velho (risos). Estou virando o maior ancião de todos, portanto.<br />
A história se passa em meados de 2006, 2007 (até 2010 tá valendo). Meu pai trabalhava carregando material pra feira de outras pessoas. Todo domingo, era minha missão (impossível) acordar às 2 da madrugada e abrir e fechar o portão pra ele. Nós eramos os únicos que acordavam (as vezes minha mãe também acordava). Enfim, eu não conseguia mais dormir ou de manhã íamos jogar bola no Massal então pra não perder a hora ficava acordado assistindo os filmes que perambulavam pela madrugada da TV aberta. Numa dessas felizes ocasiões, assisti um filme que tinha o famigerado George Clooney (famigerado foi ótimo) e o John Turturro (esse vocês não conhecem, desculpa!) que se passava no Mississípi (meu Deus, quanto "s"). O filme, em inglês "<i>O ' Brother, where art thou?</i>" tinha o título congruente à esse texto.<br />
O filme tinha um enredo um pouco estranho, com os dois mais o Tim Blake Nelson (esse é que vocês nunca ouviram falar) fugindo de uma prisão em busca de um tesouro escondido pelo Clooney. A aventura começa daí então, deles fugindo e se metendo em encrencas. Na verdade, nessa época não era cinéfilo, assistia muitos filmes mas não sabia nada sobre eles, sobre a produção, etc. Mas eu já arranhava no meu violino algumas canções eruditas. Na verdade além delas e do rock n' roll, não conhecia mais nada (ou não me importava). No início do filme a cena dos trabalhadores prisioneiros cantando uma <i>Work Song </i>(uma das origens do Blues) foi crucial para minha cabeça. Aquilo foi lindo: Não entendia como uma voz poderia ser tão poderosa a ponto de mudar os rumos do que eu iria ouvir hoje. Aquilo (eu não imaginava) era <i>Blues</i>. E a trilha sonora, composta por T-Bone (Walker) Burnett era toda composta de Blues e Country. Cara, um prato cheio. E depois desses anos todos assisti e percebi que os irmãos Coen (aqueles do <i>Inside Llewyn Davis</i> ou <i>Balada de um homem comum</i>) eram os diretores e produtores. Muito legal essas redescobertas.<br />
Bem, essa semana perdemos o grande B.B. King. O cara que uma nota, falava mais que muitos com mil. E deve ter sido essa perda que me trouxe esse saudosismo de emergência. Menos de um mês, Abu e B.B. não é nada fácil. Tomara que quem ler esse texto daqui há uns 30 anos saibam ainda de que estou falando.<br />
Enfim, nada mais. Saudosismo, nostalgia ou qualquer outra palavra pra definir o que eu senti essa tarde de sábado.<br />
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Namastê!Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-16681364705378387522015-05-09T22:24:00.000-07:002015-05-09T22:24:33.300-07:00Apresso ou Apreço?Corro. Vou e volto na medida do impossível. Se fosse calcular a velocidade com que ando, pelo tempo e distância, estaria próximo de zero ou de infinito. Pareço muita das vezes andar pra trás. Um amigo uma vez, falando sobre desilusões amorosas, me falou que é necessário em alguns casos andar um passo pra trás pra ir dois pra frente.<br />
Eu já não acredito em bobagens sobre foco, sobre objetivos, sobre criar um mundo de expectativas que na verdade você não vive neles e sim as pessoas que criaram-as. Pessoas querem ser bem sucedidas, querem um emprego, querem uma casa num condomínio de luxo, querem o melhor carro do ano. Querem classificar umas as outras. Nunca pararam pra pensar quem era o adversário a ser combatido. Duvido que ele esteja fora delas próprias, de seus medos, de suas angústias, de suas frustrações. São todos consequências da mesma causa. Do mesmo interior corruptível. Das mazelas espirituais.<br />
Pessoas querem se definir com aquilo que tem. Nada mais definidor que um nome. Eis o meu: Luciano. Será que eu sou o que digo ser? O que eu seria então? Se me perguntassem a pelo menos uns dois meses atrás, diria que sou um desempregado. Ora, vejam só: o estado trabalhista define o estado do ser. Como posso ser medido naquilo que ganho? Ou se outro disser: Sou bonito fisicamente falando! Mas será que este é o verdadeiro?<br />
São apenas perguntas, acalmem-se. Não quero minimizar ou maximizar nenhuma instituição ou pensamento filosófico sobre tal. Apenas me questiono pois acho meu dever de ser pensante questionar sobre aquilo que não sei, sobre aquilo que sei e sobre aquilo que talvez nunca venha saber. O preço é alto. Ostracismo é apenas uma das parcelas da dívida que você paga por querer saber o que você é. De que somos falta de um excesso. De um exagero. De que nossa essência se perde cada vez que cogitamos "ter em ser". Devo me apressar em responder todas as perguntas ou apenas apreçar? Apreciar o momento, quantificar o sabor de ter isto: O filos de Aristóteles. Amar em reconciliação. Em apreço pelo o agora e não pelo o que não tenho.<br />
Estou sendo esotérico? Talvez. Meus textos são sempre esotéricos. Acho que eu sou esotérico. Muitas vezes uso palavras repetidas por não saber seu significado. As vezes sei, porque elas me parecem tão bonitas pra se repetir numa frase ou texto.<br />
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Apresso e Apreço. Tico-Tico, Teco-Teco (amarelo em chamas!). Devo colar o sorriso em chiste e morrer nos braços do meu mal-feitor: tempo! Facécia !Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-75229286759405771382015-04-28T19:40:00.002-07:002015-04-28T19:40:45.275-07:00ProvocaçõesHoje, quando acordei me pareceu tudo na trivialidade de sempre. Quando abuso do termo, é que esses dias vem sendo tão repetitivos quanto as horas que os contém. Pois bem, de surpresa fui pego nessa manhã. Passei pelos <i>feeds </i>da rede social azul e vi que um site noticiava algo que eu pensava ser impossível naquela altura. A partida do velho Abujamra. Aquele que sempre fazia das provocações suas provocações.<br />
Meu contato mais profundo com o Abu começou em meados do fim do ano passado. Tá, sempre que eu podia, assistia um ou outro programa. Mais conhecia mais o André, o Abu filho, pelo trabalho no <i>Os Mulheres Negras</i> a qual o grande Maurício Pereira também integra. Comecei a ver alguns programas na internet e achei curioso o que ele sempre perguntava no fim de cada programa: o que é a vida?<br />
Uma das perguntas mais difíceis que nós seres humanos temos em "mente". Podemos defini-la cientificamente, filosoficamente, mas sempre nos preocupamos em saber se realmente isso aqui não é uma brincadeira de mal gosto de algum deus fanfarrão. Ou é simplesmente a coisa mais bonita que existe exclusivamente no nosso planeta em nosso sistema. A vida, pode ser entendida também como a união de processos temporais, espaciais. De processos químicos e físicos. Celulares. Quânticos. Minimizamos até onde não podemos mais enxergar a olho nu e daí estipulamos e estipulamos. Nunca chegamos a velha resposta da velha pergunta desse bruxo.<br />
Um cara que viveu e respirou a arte. Encheu o meu pulmão e de muitos outros de alegria excitação quando declamava algo em suas provocações. Essa palavra fala bem do que a pergunta que ele fazia se trata. Provocar. Fazer com que nós nos situássemos em nosso endereço cósmico. Na nossa casa. No nosso planeta. O que é isso tão raro? Da onde vem isso?<br />
São tantas perguntas que acho que o que realmente provoca não é o tipo, mas sim a própria pergunta em si. Em querer desvendar, achar o desconhecido que nos ronda no espaço-tempo e é em algo tão bonito e magnânimo que é a vida que esse mistério só começa. Que talvez o Abu nem tenha tido a resposta, mas que ele nunca fugiu da pergunta. Isso já é entender de fato o que é viver: não fugir!<br />
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"É preciso ter a dor de sentir que a vida não tem roteiro."<br />
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Antônio Abujamra<br />
1933-2015<br />
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Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-75320784937607912082015-04-14T21:16:00.001-07:002015-04-14T21:16:29.046-07:00Fora no final de semana<div style="text-align: justify;">
Como é engraçado o tempo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Eu queria ter escutado o Neil Young antes, lá no ensino médio quando o Marcão, baixista da Macaco Sabiá me dizia que eu deveria ouvir mais essas paradas. Eu tava muito na vibe Los Hermanos para mudar o foco pro Folk (cacofônico). As vezes flertava com o som dos Pampas com o Gessinger, mas expecionalmente respirava o eixo Amarante-Camelo. E só.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas hoje eu acordei com aquela vontade de realmente ouvir com atenção o Velho homem. Coloquei um show dele na BBC de Londres, datada de 1971, a qual já tinha assistido em outros momentos. Bem eu empaquei de novo na primeira música. <i>Out on the weekend</i> (fora no final de semana) me fez pensar, a julgar pelo título, que seria algo sobre farra de um final de semana maluco com os amigos. Que nada. Era exatamente o que eu precisava ouvir de novo. Algo como os primeiros versos dizem sobre sair, se mudar e tentar recomeçar de novo. Eu aparento estar num eterno recomeço. Mas é assim mesmo: sempre somos saudosistas de algum lugar antigo. E como se não bastasse, fazemos parte de uma roda, destas irlandesas mesmo, que giram e giram. Não sabemos onde vamos parar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Pois bem, o refrão me soou bem peculiar. Acho que não era pra ser outra hora, mesmo achando que o determinístico é coisa pra quem acredita em cartilha pra se aprender a viver:</div>
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<div style="text-align: center;">
<b>Veja o rapaz solitário,</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Saindo pro fim de semana</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Tentando fazer valer a pena</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Não se identifica com a alegria,</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Ele tenta falar e</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>E não consegue começar a dizer</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isso sou eu, saindo com os amigos, amigos de amigos. Sem ser notívago, apenas durante as noites, as madrugadas eu deixo pro sono mesmo. E realmente não me identifico com a alegria. Não consigo ser alegre todo tempo. Fico tentando fazer valer a pena. A culpa não é dos acompanhantes, nem dos locais, que não inspiram nada além de celebrar o momento. Apenas não estou pronto pra me desfazer da minha tristeza aparentemente sem motivo, sem sentido ou direção. Não! Não quero dizer que não procuro minha felicidade; apenas não sou desses que procura em um litro de álcool ou uma tragada a felicidade e toda a explosão vital. Sou mais ser triste</div>
<div style="text-align: justify;">
E por onde andava aquele menino que um dia sonhou que era possível mudar tudo ao seu redor ?</div>
<div style="text-align: justify;">
Esse continua por aí, as vezes sai no final de semana, nunca se adaptando ao meio. Como o tempo é engraçado a ponto de querer que esse menino hoje seja um homem bem sucedido (o que defino pelo termo capitalista). Enfim, tô fora no final de semana, <i>guys. </i> </div>
Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-65142926605767994642015-04-14T21:13:00.000-07:002015-04-14T21:13:29.559-07:00O passo do passadoNunca gostei de começar os textos com esses títulos estilo trovas e prosas, rumos e prumos (kkkkkk). Na verdade eu nem ia escrever hoje, já faz um bom tempo que eu não tenho paciência nem tempo (mentira, tenho os dois, de sobra inclusive). Nesse momento tá rolando <i>Money</i> do Pink Floyd, acho que o Waters e o Gilmour vem sendo pauta das minhas discussões com os meus amigos roqueiros ou não. Simples o fato dessa banda me encantar pela densidade de suas faixas, pelas letras. Pelo progressivo, que é um som legal de se ouvir. Mas não vou falar sobre música e sim sobre algo que eu não imaginaria ver novamente tão cedo (ou nunca).<br />
Bem, em meados de 2004, eu ainda andava na igreja evangélica a qual meus pais frequentam. Eu (adivinhem?) era músico. Tocava violino, tava iniciando ainda. Já falei que não ia falar de música e parou...bem, eu nunca fui um garoto bonito ( e provavelmente não vou ser). De certo me encantava em algumas ocasiões com algumas pecinhas (a la Dalvan, hein!). Aquele amorzinho de puberdade: a menina olha pra você e imediatamente você imagina uma cena de filme americano, com vocês dois passeando de mãos dadas no parque, jogando comida para os pombos (não faça isso, eles são uma organização criminosa alada), andando de bicicleta e etc. Mas ela sempre vai gostar do carinha mais descolado, que é mais velho. Daí você fica triste, acha que a vida acabou. A galera vai jogar bola no massal e tudo acaba em gols, dribles e amigos.<br />
Porém, tinha uma menina. Ela era linda. Loirinha, cabelo castanho, sorriso lindo. Nossa, ela era uma das mais bonitas da igreja, eu ficava besta olhando pra ela. E aí, nessa hora, você desse lado imagina que não vai ter nada entre eu e ela, nem fudendo. Verdade. Pelo menos pra ela. Pra mim, ia acontecer. Num domingo nada ensolarado (na verdade nem sei o clima naquele dia, eu tava pensando em comer o lanche no final do ensaio musical) eis que estou do lado de fora da igreja e quem estava olhando pra mim com o olhar compenetrante de quem vai te engolir? Acertou mais uma vez. A menina, a linda loirinha que eu sonhava. Até aí tudo bem. ela não deu entender nada. só ficou olhando pra mim umas meia hora, sei lá (deve ter sido "que bixo é esse?"). Enfim, fui pra casa e esqueci. Mas na segunda, uma colega minha que era amiga dessa loirinha falou que ela tava afim de mim. Cascalho, eu havia fisgado logo o maior peixe. Disse que no domingo queria me ver.<br />
A ilusão se alimentou a semana toda. Eu fiquei imaginando de novo as bobagens dos filmes americanos estrelados por algum John ou Robert. E o domingo chegou, mas ela não foi pra igreja. Acabou que minha colega disse que ela já tava com outro. Pancada na cara, nocaute do chão de giz do Zé Ramalho mais uma vez. Fiquei abalado, perdi o episódio do Goku fase 3, mas superei.<br />
O que eu pretendia ao escrever essa novelinha? Pois é, nos achados e perdidos do facebook, achei a tal garota, a qual não havia visto jaz dez anos. Ele continua linda, não sei (e nem quero saber, os tempos são outros, <i>amis</i> ) sobre seu estado civil. Só salientei porque acho que o passado veio à tona e eu deveria o expor. Não entendi se o passo do passado é a corrida do futuro. Ou é o presente que me presenteou. De fato, fiquei nostálgico e notívago, duas palavras fodas pra se usar num texto. Que me couberam bem. Espero que não a veja mais, não quero que ela pense que eu (ainda) sou aquele menino bocó. Bocó é tão supimpa pra terminar o texto quanto supimpa. Ela que viva a vida dela, linda loirinha do sorriso lindo. Eu, vou divagando aqui com meus caracteres, minhas notas errôneas e meus acordes pra vida. <i>Voilá,</i> temos um vencedor!<i> </i>Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-32023444280728796352015-03-16T20:08:00.000-07:002015-04-06T19:52:05.217-07:00Conhecimento AU/Lto Hoje foi um dia bom. O inicio dele foi como os demais. Mas o fim dele ta sendo diferente. Não sei porque, mas acho que encontrei combustível novo pra continuar (mesmo assim ta caro). Semana passada, o Flávio me mostrou algo sobre um curso a qual ele estava fazendo. No momento eu vi, curti a ideia. Achei que não iria me surpreender, típico de ceticismo que venho tendo nos últimos meses. Mas quando o curso começou, nesta segunda feira dia 16, acho que vislumbrei o que andava procurando. Temas do nosso cotidiano, uma mistura de ciência, religião, filosofia e arte. Gnosis, eis a palavra. Do grego conhecimento superior. Bem, o mais legal é ter em mente que somos mente (adoro a língua portuguesa), corpo e também podemos ser em outros planos. Nossa, o que aconteceu hoje foi que eu me esbaldei de conhecimento, de alto e auto conhecimento. Devemos nos relacionar com nós mesmos. Nos conhecer. Assim teremos de fato plena consciência.<br />
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Au revoir, enfants!Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-81027698895342029852015-02-17T20:33:00.000-08:002015-02-17T20:36:40.681-08:00Mais ou menos Já são mais de uma da manhã e eu escrevendo bobagens aqui. Nem é nada sobre os acontecimentos carnavalescos que atormentam os estáticos de plantão. Nem é sobre filme . Na verdade nem sei sobre o que escrever, mas vamos ao que interessa.<br />
Bem, a começar que consegui fazer duas ou três canções esses últimos dias. Fazia tempo que não conseguia juntar a letra e a tal de melodia. Optei pela simplicidade em umas e em outras não consegui, tive que ser incisivo na inteligência Bossa-Nova ou mais ou menos isso. Acho que o que despertou essa inspiração repentina foram duas coisas que são pontuáveis, diga-se de passagem. A primeira delas foi ter lido um texto do excepcional Luís Capucho, no seu blog. Algo sobre a inspiração musical como fonte que não esgota e não avisa quando vai jorrar água. Aquilo me intrigou. No final, ele simplesmente pede pra que ela nunca seque (eu também, por ele e por nós que inventamos de fazer essas coisas). Outra foi ter assistido uns vídeos de entrevistas com o Maurício Pereira. A música desse cara me comove: é algo de simples meio que complexado, por ter algumas jogadinhas que me coçam a cabeça. Vi o clipe da música <i>Fugitivos</i> e prestei mais atenção na letra do que no vídeo, mesmo o Abu filho sendo genial em sua editoração.<br />
Foi aí que lembrei da canção do Phil Veras que se intitula <i>Papo Banal</i>. A frase que deixa claro essa conectividade com o processo é "perco meu tempo fazendo música". Brilhante, uma música que fale sobre fazer música. Bem espelho infinito. Como o ator que atua como ator que atua como ator. Nossa, isso vai longe. Sacadas geniais a parte, fiquei bem inquieto com essas interrogações que me apareceram.<br />
Percebi que a coisa é bem como dizem: deixa maturar e aí de repente a coisa saí. Ou fica lá. Quem vai saber. As vezes pode estar pronta e a gente quer ainda teimar dizendo que falta. Ou as vezes falta e nós nem ligamos pra isso. A graça do risco está aí. Assim como a desgraça do poder não sair legal. O importante é que seu duo trabalhe nisso, que você sinta que aquilo é sincero e que você nem precisa mais jogar algum acorde dissonante. Ou uma frase do tipo "fui a França mas francamente não tinha frangos frios" (risos). Seja mais coração e menos métrica. Mais ou menos como dois lados da moeda falsa do trapaceiro, que nos deu a arte de inventar história cantada. Voilá, temos uma canção? Só quem faz, ou a quem fez, dirá.Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-37368532954259517842015-01-24T19:19:00.001-08:002015-01-24T19:26:54.347-08:00A virtude inesperada da ignorânciaE então acho que de fato esse é o primeiro texto desse ano. Já começa com uma frase de efeito bem hollywoodiana (na verdade é). Essa frase se originou de um filme que assisti essa semana, intitulado "<i>Birdman</i>" ou "A virtude inesperada da ignorância". O filme tem Michael Keaton como protagonista. Bem se vocês lembrarem direitinho, voltaremos lá nos anos 90 e veremos um certo homem-morcego em "<i>Batman Returns</i>". Além do inigualável B<i>eetlejuice </i> em "<i>Os fantasmas se divertem</i>" e tantos outros papéis. Na verdade, o que eu quero pontuar é que nunca esperaria de quem fez (ao meu ver) um Batman mais ou menos chegar a fazer um papel tão pesado e dramático como o Keaton fez. E daí sai o nome por trás do Homem-pássaro. Homem-humano, que nesse filme dá duro pra tentar ser um ator reconhecido após anos de biunívoca correspondência com o herói. Fico me perguntando se esse não foi um papel proposital para o Keaton, que nos últimos anos ficou a margem desse Batman e do Beetlejuice. Acho que o papel foi como uma luva pra ele: do marasmo e do "esperava mais" nasceu uma indicação ao Oscar. Bizarro né?<br />
Realmente me pergunto: passamos a vida toda perseguindo aquilo que já somos, ou fomos? Ou apenas precisamos de acreditar mais um épsilon em nós e por um centímetro de vergonha na cara ao tentar ser melhor naquilo que fazemos. Estamos condenados ao fadistismo (não o de Portugal e de Carminho) e ao contemporâneo desejo de ficar na inércia em casa enquanto o legal acontece. Isso me faz lembrar de algumas cenas do filme em que o Birdman conversa com Keaton mostrando a ele o que realmente as pessoas esperam dele. O que realmente as pessoas esperavam dele, digamos. Ele foi ousado (não vou dar Spoilers aqui não) e mostrou realmente o que todos queriam ver. E daí? Será que precisamos ser um Keaton e ficar à sombra de algum bem feito para podermos despertar e correr atrás do que realmente é nosso? Do que realmente somos?<br />
De novo, volto ao ostracismo de ficar resguardado de tudo isso. É como se o seu quarto fosse seu "<i>mondé</i>"e que você é o rei, que não precisa ser questionado. Aí aparece um Keaton e te serve de exemplo. Pra você começar a valorizar mais o que você faz. O que você realmente faz sem querer troca alguma. Bem, Birdman foi uma lição daquelas que o cara precisa no começo do ano pra quem sabe no final se satisfazer de algo produtivo e relevante que fez. Críticas, assim como no filme, aparecem pra destruir sua moral. Não entendam esse texto como auto ajuda. Não, ele não vai te ajudar em nada. Quem vos escreve é tão Keaton quanto o próprio Keaton, sem nenhum Birdman do lado, okay?<br />
Então nobres leitores sejamos mais Birdman. Sejamos ousados e não tenhamos medo do inesperado. Inesperado pode ser a virtude dessa ignorância suprema que nos assola esses dias. De um beijo de boa noite ao "olá, como vai?" de quem te fez feliz e hoje é menos importante que uma pedra.<br />
(Vamos parar de usar o Keaton como adjetivo para inapto e indeciso)<br />
Espero que vocês que leem esses textos, se prontifiquem a assistir essa bela obra de Alejandro González Iñárritu que me inspirou a escrever essas bobagens para 2015. A virtude inesperada da ignorância, é o que eu mais espero de mim e de todos. Saravá!Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-11469117238870083742015-01-02T18:24:00.000-08:002015-01-03T08:17:56.601-08:00Interregno Ano novo. Nada de novo. Eu no mesmo estado. Mas acho que algo mudou. O título do texto diz tudo. Acho que estou em processo universal de interregno. Eu nem sei porque venho fazendo essas reflexões em pleno dia dois do ano. Mas algumas coisas me chamaram a atenção durante a transição do ano novo.<br />
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A primeira delas foi que eu estou em outra rede social. Não irei citar. Eu repudiava com todas as forças essa rede social. Só acentua o que eu acho que nós estamos nos tornando: maquinas humanas. Dedos teclando e pessoas com sentimentos líquidos (é, eu venho lendo muito Bauman esses dias). Porém o ápice da minha reflexão foi estar nessa rede social e num fim de conversa com uma amiga eu me despedi, como faria com qualquer pessoa. Ela indagou: "ouxe e é rede fulana é?". Mesmo assim deu o "boa noite". Foi crucial pra eu entender que as pessoas estão perdendo as formalidades que nossos pais nos ensinaram. Que as redes sociais estão nos tratando como maquinas, que podemos desligar e ligar, como se a separação virtual nem fosse separação. Acho que sou antiquado demais pra entender essas coisas, sou muito conservador. Não no sentido reacionário mas no sentido poético, de conservar o que me foi dado. Não quero ser apenas uma C.P.U. que desconecta e conecta com outras. Sou humano e quero conversar sobre Freud e sobre o filme em cartaz. E que quando fomos embora, nos despedimos para lembrarmos que estamos apenas separados momentaneamente. Pode parecer besteira, o que muitos vão denominar. Eu gosto da humanidade, não dessa pseudo-humanização.</div>
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A segunda foi que a pessoa a qual eu vinha planejando mil e umas coisas, a qual eu queria que estivesse ao meu lado, me excluiu. Percebam que isso tem tudo a ver com a primeira observação. Como uma pessoa pode ser tão província a ponto de te excluir da vida dela com um clique? Será que as pessoas no futuro serão tão medonhas a ponto de estarem se relacionando apenas, mas não estarão entregues a eles. Meu espírito chora quando penso nessas coisas. Eu gosto das pessoas e tenho certeza que pra um que me odeia tem dez que gostam de mim. Proporções excelentes para um chato e semi ranzinza como eu. Mas daí você decide que aquela pessoa não vale mais a pena e então você simplesmente desaparece "virtualmente". Então, de novo pensamos a "network" e não os afetos, os vínculos necessários para a socialização humana. Eu tô puto mesmo, acho que ninguém nem vai me perguntar nada.</div>
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Acho que percebendo os horrores da nossa liquidez social, fiquei triste. Tinha amiguinhos quando não tinha internet, os quais eu brincava e brincava num moto contínuo sem se preocupar se ele tinha um android ou um IOS e umas fotos bacanas no Instagram. Agora, as pessoas se venderam para a personificação da virtualização demasiada e inepta.<br />
O interregno me dá um medo atmosférico. Não quero prever nada, mas acho que o que eu ando fazendo não ta servindo. Mudar de postura seria tão impossível quanto nadar na Perucaba (Eu sendo regionalista, espia!). Ou talvez sim, esse interregno sirva pra eu crescer e achar realmente quem eu sou. Se é que isso também é possível. Assistamos aos capítulos adjacentes. </div>
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Bom 2015 e que se você me ver na rua, me pare e converse comigo. Aí sim podermos criar vínculos eternos! </div>
Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-60492963362356991472014-12-30T18:41:00.000-08:002014-12-30T18:41:10.389-08:00ReencontrosHoje poderia ser um dia comum. No verbo conjugado dessa forma, imperfeitamente, a mudança reside. Bem, hoje estava marcada uma confraternização dos meus compatriotas de sala. Até ai, beleza, venho vendo eles durante os últimos cinco anos. Foi legal ver que todos estão bem, uns eu ainda não tenho (e nunca vou ter) proximidade como tenho com alguns. Sou muito dessa de ou tu é meu amigo ou apenas uma pessoa a mais ali. Alguns assuntos calorosos na ponta da língua de alguns mais chegados (depois eu entro em detalhes). Foi tudo bem típico.<br />
Fomos assistir O Hobbit. O filme parece que veio na hora certa, eu precisava ver algo que me fizesse me levantar da poltrona e vibrar. Classifico como perfeito o filme, um bom resumo daquilo que eu esperava, e com a direção do mestre Peter Jackson, foi divino.<br />
Mas o mais interessante foi que além desses reencontros, outros mais inesperados aconteceram. Encontrei a Brenda e a Priscilla, pra trazer a tona a nostalgia la do meu ensino médio e como o meu terceiro ano foi foda. Tenho usado muito essa palavra, foda. Acho que pode render outros textos. Mas ai, fomos a Carajás, aplicar uma prova (na verdade acompanhar o Cristiano) e eu reencontro o O Keka (kkkk esqueci o nome dele, desculpa) que me retornou ao meu ensino fundamental e a Aline (ahhh) a qual eu era apaixonadinho no terceiro ano. Casou, assim como tudo mundo casou nessa porra de cidade. Meus amigos todos casados e eu? Eu escrevo essas paradas aqui, acho que cinco ou seis pessoas leem e tal. Fui na pizzaria com os alunos do Cris, acho que foi uma presepada, mesmo eu curtindo em alguns momentos, acho que ali sim vi que eu vou me excluir desses ciclos amistosos por um bom tempo, Ando meio chato pra aturar até eu mesmo!<br />
O resumo da ópera em português: eu achei interessante como tudo se interligou. Cinema, ciclo de amigos atuais que podem não ser tão atuais, os que não são mais atuais e os que podem vir a ser. Ou talvez não. Sei lá.<br />
Acho que esse final foi tão vazio quando o texto todo. Vou esperar a inspiração bater em minha porta. até ano que vêm!Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-5792028927619195922014-12-22T19:13:00.002-08:002014-12-22T19:13:55.645-08:00Eu odeio praiaSol, calor, curtição...nem vem, esse não sou eu. Sou um murmúrio no meio dos feriados julianos na cidade vazia. Me lembrei agora dos escritos do jedi (hahaha) Gessinger sobre ficar em casa no feriado enquanto todos vão à praia. Dá pra se conhecer melhor tudo o que você acha que sabe que existe mas nunca deu a mínima.<br />
Bem, final de ano, como todo mundo sabe, lá se vão as pessoas curti a praia. Outras vão pro campo (mas essa é outra história...), certo? Mas a maioria vai pra o pior lugar do mundo. Minhas lembranças sobre esse lugar absurdamente grotesco não são as melhores. Pra vocês terem uma ideia, perdi um óculos novinho lá na praia. Putz, foi muita burrice minha querer nadar de óculos (nesse momento todos riem). E nesse dia, que eu acho que foi o dia a qual eu comecei a detestar os lugares com água do mar, ficamos sem suprimentos por falta de cálculo. O David, que era o cara mais chato do mundo e ficava no top 10 da galaxia (mentira, era top 3) tava bêbado e enquanto eu dormia ele jogou terra na minha cara. Como era pequeno, não pude fazer nada. Se fosse hoje também não faria. Sou passivo demais pra brigar por algo. Mas minha vingança veio quando ele queria comer e eu não deixei um sanduíche sequer pra ele. Acho que estávamos na Barra de São Miguel (Porra, São Miguel tem barra?).<br />
Daí pra cá eu traumatizei. Quando os familiares chamavam eu sempre arrumava uma desculpa esfarrapada. "Vou ter que estudar pra uma prova..." ou "Eita domingo eu vou pra casa de um amigo estudar...". Já vai em uns 2 anos bons que eu não vou à praia tomar banho (uns 5 por livre e espontânea vontade).<br />
O legal que eu percebi era que eu era pouco exigente com o ambiente quando era moleque. Nem queria saber se tinha somente "David" na viagem ou na praia, eu queria ir. Gostava da companhia da galera mais velha (a qual minha irmã fazia parte) e sempre tentava chamar atenção. A velha questão da aceitação social. Hoje não, eu nem tenho de fato uma galera da minha rua (as vezes nem saio de casa), a galera da facul nunca foi ( a não ser nos congressos). E é isso, eu prefiro muito mais o sossego da minha solidão do que o barulho da solidão dos outros.<br />
Um retrocesso anunciado? Bem, eu diria um ostracismo sofisticado. Um encontro a luz de velas comigo mesmo. A praia tem o mar, tem outras coisas bonitas. Mas eu sou uma maré. Sou um revés brasileiro: odeio o tropical, ele me inspira alegria demais. E tudo que é demais acaba sobrando. É assim que me sinto na praia, sobrando.<br />
A todos um bom começo de ano, só volto aqui ano que vem...Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-19272418057099481912014-12-07T21:44:00.000-08:002014-12-07T21:44:04.911-08:00Domingo"Domingo é sempre assim e quem não está acostumado<br />
é dia de descanso, nem precisava tanto<br />
é dia de descanso, programa Silvio Santos"<br />
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Bem, esse meu domingo, ao contrário da música dos Titãs, foi bem produtivo. Foi um domingo ontem deixei todas as mazelas espirituais de lado e foi sim, beber como gente grande. Nadei da piscina que nem cabia todo mundo, mas foi felicidade de sobra. Carne a vontade.<br />
<br />
Nunca descrevi a amizade. Um sentimento tão bonito que nem precisa. Mas hoje, com poucos amigos, uns em maior grau que outros, vi que só precisava daquilo as vezes. De esquecer do resto do mundo e das brigas desnecessárias que venho arrumando pro meu coração. Do compromisso apressado, do descompromisso comigo mesmo. Do chiste interior. Uma das falas que eu não esqueço foi a do sábio Odair (a barba é de pajé, sempre desconfiei) foi sobre "oia, se eu tivesse isso aqui todo dia, acho que nem precisava mais viver correndo atrás do nada"<br />
Se sossego fosse rotina, realmente nem precisávamos ter nascido. Como o Amarante falou em entrevista sobre "se não houver tristeza, pra que alegria?". Os dois lados da moeda são complementares. Devemos sentir sim aquela aguda tristeza da madrugada fria e solitária (nossa que drama!) pra depois sentir a névoa baixando e o sol brilhando. Somos on/off mesmo.<br />
De todo coração, não queria que esse domingo com os amigos acabasse. Amanha volta a realidade (hoje já). Como se o carnaval de alegria acabasse e o Pierrot tivesse que vestir novamente sua roupa de executivo e ir lutar no escuro da vida capitalista. A volta da balada do homem comum.<br />
Bem, é isso, a felicidade foi servida, com a amizade e muito riso de tira-gosto e sobremesa. Amém!Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-22168814434614331632014-11-26T13:41:00.001-08:002014-11-26T13:41:04.031-08:00Phoenix "Renascer é como voltar a viver depois de um tempo morto"<br />
Essa frase, a qual não tenho a mínima ideia de onde surgiu, me fez refletir sobre alguns acontecimentos. Algumas coisas que claramente eu sabia que não iam vingar: outras eu estou me surpreendendo, estão indo pro lado certo. Verdade, eu entendo a coisa na medida da limitação do ser errante. Mas acho que no sentido visionário literal, vou o expandindo a cada mazela vital minha.<br />
Eu estava observando meus alunos jogando bola na terça. Pareciam felizes, imortais. A dúvida era se o Pingueira iria jogar no time do Chulinha ou no do Edivaldo. E o Emerson, pequeno, mas gigante em algumas questões. Me perguntou o porque de estar observando com tanto empenho aquilo que para ele era mais que trivial. E o Geovane, que com sua sabedoria, me perguntou se a minha cara era de tristeza ou de fome. Acho que os dois, naquele momento. Estamos no fim do ano e eu me despedindo não podia deixar de notar o quão eu me aproximei desses guris. Os do Matutino também, com as histórias de vida intrigantes, dos namoricos que eles e elas comentavam. Da visceral juventude alada. Então resolvi apreciar aqueles momentos eternos enquanto eu me criticava e me chateava por ter sido tão mortal. Tão precipitado. Mas não vi saída, arrisquei e paguei o preço. Nem foi tão caro, mas me encheu o inventário. Estou rico de decepções e pobre de percepções antecipadas.<br />
Claro, se a vida é realmente uma roda, eu girei e to numa corda meio que menor que o raio. Em português: Tô me retraindo, fugindo das pessoas, das brigas, dos novos descobrimentos. Tô, mais uma vez, fora da jogada, o jogo acabou tão rápido que eu preferi nem reclamar. Não me entreguei ao chilique, só ao balanço. Agora eu realmente volto ao lugar de onde vim, da solidão áspera e figurativa. Mas tão física que me retira 10 bons anos da minha face. Nem tenho mais face, sou um retrato maltratado. Um farrapo humano, vivendo de expectativas esmigalhadas. Toco numa banda, estou sendo reconhecido. Mas não alucina nem me satisfaz. Vou atrás do inesperado com passagem só de ida. Quero nem pensar nesses últimos meses, onde imperou a cegueira total sobre algo que nunca eu deveria saber nem viver. Dúvida em chamar quem compor a linha. Linha do Equador e dos trópicos do meu novo mundo. Quem vai me delimitar? Quem? Eu? Imagina. O duo não aparece simultaneamente. Esse que vos fala é um, daqui a pouco o outro volta.<br />
Paciência, coração de merda. Eu falei que tu só ajuda a quem atrapalha. Filantropismo e altruísmo que me separam da lógica inteligente e me colocam no patamar do zero esquerdista. Do zero vim, do zero voltei. Pro zero vou.<br />
<br />
Phoenix, renascida da lama, à chama retorna.Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-3184158626342654112014-11-11T18:29:00.000-08:002014-11-11T18:29:48.443-08:00RepresaEu uma vez ouvi falar que o que sentimos é como uma represa. Sempre jorrando e se abastecendo na medida certa. Mas uma certa vez, uma ruptura pequena se fez na represa. Até ai tudo bem, a matemática não nos engana: a vazão era menor que o enchimento. Mas ai foi se fazendo rupturas e mais rupturas até que essa equação mudou. O que deveria ser jorrado aos poucos foi-se. E não dava mais pra abastecer. Ai ficou apenas a represa.<br />
Essa fábula parece grotesca no ponto de vista adulto. Pessoas irão me falar asneiras ou pior, não irão falar nada. Mas é exatamente o que eu penso sobre os sentimentos. Se criarmos rupturas por menor que sejam, elas vão rachando a estrutura e uma hora ou outra, na mesma hora em que a velocidade do avião é tão grande que tem-se duas opções: voar ou bater! Nesta hora a represa vai secar.<br />
Falando em avião, aprendi eternidades sobre a vida de artista, com o grande Maurício Pereira em entrevista com o Paulinho Moska. Acho que o que ele falou tem todo sentido: fazer a arte (no caso, música) pro homem comum. Como se fosse um diálogo não um monólogo. Um chop no bar e uma conversa despreocupada falando sobre a vida. As palavras nem sempre alcançam o que queríamos dizer. Então tudo ao redor pode se encarregar disso...<br />
<br />
Texto ficou pequeno então por não ter nada a dizer.Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-85280731660994099192014-10-24T18:59:00.002-07:002014-11-02T19:11:10.841-08:00Harmonium"Tudo o que eu pensei<br />
E nunca falei<br />
As coisas que eu fiz<br />
E nunca mostrei<br />
E como eu agi<br />
Quando ninguém viu<br />
Ninguém vai saber<br />
Ninguém vai saber<br />
O que não deu certo<br />
Por sorte ou azar<br />
Ninguém reparou"<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Logo quando eu escutei essa música do O Terno, consegui prestar atenção nessa letra. Tudo o que cabia nela de mim. Lembro-me de meses atrás eu ter postado algo sobre as pessoas não prestarem atenção no que eu faço. Bobagem. Vi que isso é uma dádiva (dos ninjas kkkk). Nós sempre temos que se convencer de que só precisamos fazer algo se for em prol do reconhecimento. E como aquele ditado "se não serve pra ninguém, não serve pra mim". Ou seja, se ninguém ler isso aqui agora que eu estou escrevendo de que adianta eu escrever? Pois ora, o que eu sou e o que eu escrevo não precisam ser evidenciados. Eu só preciso de poucos para entenderem. Difícil é encontrá-los. Tenho medo do medo, receio do remoroso (vice e versa em ambos). Eu adoro parafrasear a maioria das coisas que eu escrevo. Isso é ruim? Talvez. Para alguns será a velha concha de retalhos. Para mim será algo novo, pois a expressão nunca se repete. Pode se aproximar, nunca igualar. Então não me preocupo com a esperança dos subsídios de meus amigos, parentes. Eu só quero desafogar todo o rio que fica represado dentro de mim. Jorrando em notas no violão ou em letras turvas aqui nesse sitio. Ninguém, eu digo, ninguém vai saber o que não deu certo. Eu escolhi esconder e me esconder de tudo isso. Dos debates acalorados, das rodas de conversas. Eu me isolei e paguei o preço da solidão. Agora quero o meu troco. Mas ninguém parece entender. Aí a vontade é de realmente voltar para o ninho, ficar la até os últimos dias. Minha tristeza eu não consigo entender (sou um alegre-deprê). </div>
<div>
É meus amigos, acho que não vai fazer sentido algum esse texto para muitos daqueles que lerão. Outros me chamarão de patético, de hipotético. Eu sou. Sou tão engraçado que muitas das vezes não rio de mim por respeito. Porque as pessoas já o fazem melhor que eu. É isso: fazer o melhor. Muita das vezes que tentei acabei errando. E voltando pro quarto escuro. E nessa transfiguração alguns me chamaram de imbecil, de criança. É como eu me sinto quando não tenho aquilo que planejei. Me sinto acuado num canto escuro da sala esperando a primeira lapada da minha mãe primeira: a vida. Ela bate realmente com força, e ainda pergunta se tá doendo. Eu nem apanhei suficiente e já to pensando em fugir. Fugir e apanhar mais, essa é a sina</div>
<div>
Nem sei porque entrei nisso hoje, mas a Harmonium foi decisiva. Me fez ouvi aquela voz do "e se desse?" Se não deu, paciência. Se der tempo concerto. Mas não der, beleza, a vida ainda tá com o cinto, doida pra dar umas palmadas. Ai de quem for malcriado, aí...</div>
<div>
<br /></div>
Quem sabe se eu<br />
Tentasse guardar<br />
Tudo o que eu ouvi<br />
Ouvi ou senti<br />
Aquilo que nem<br />
Se eu explicar<br />
<div>
<br /></div>
<div>
"Keep Change"</div>
Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-62345443405482017852014-10-20T20:56:00.001-07:002014-10-20T21:08:31.171-07:00O RoteiristaSabe, ultimamente venho me perguntando se eu seria o culpado de tudo que está acontecendo na minha vida. De bom e de ruim. Como se a vida fosse realmente um longa metragem sempre em processo de gravação. E de uma hora pra outra se torna um curta. Se a vida é um filme temos que no mínimo sermos nossos roteiristas. Será?<br />
Em meio a tantos pensamentos soltos, veio aquele que não me parece tão otimista: o que a vida reserva pra mim? E o que eu reservo pra ela? Não é uma bicondicionalidade mas sim algo que não se conecta. O roteirista de nós mesmos não nos contou como seria desse instante pra frente. Do momento em que decidimos ficar, ou partir. Naquele momento em que tudo parece cinza e do nada clareia. Não nos contou dos intemperismos, dos desencontros. Então não podemos nos preocupar com o que a vida nos reserva, porque acho que nem o próprio roteirista sabe. Alguns o chamam de Destino, tecendo sua teia que nem os deuses do Olimpo podem interferir. Há quem diga que pode mudar esse tal. Pode até ser, mas não o mudamos e sim o adaptamos. Acho que há uma gigantesca diferença nesses dois processos. Pois então, o script já está dado? Algo a se pensar, porquanto a toda hora estamos improvisando em cenas e desviando o curso do rio. Pegamos papéis principais e as vezes nos sentimos coadjuvantes de nós mesmo. Comparecemos as reuniões dos que não tem nada a acrescentar a nós, a não ser nós cegos. A vida é um filme de terror, com romance, com comédia. Trágica, mitológica, espacial. Especial. A dádiva da inocência do Roteirista ao ver que nada do que ele propôs foi cumprido. Revolta com o diretor, que fala que teve que cortar gastos, demitir alguns personagens, mandar alguns pra outros filmes, trocar o cenário. E nos conta que fez isso apenas para deixar o filme com mais emoção, com mais humanidade.<br />
Parece que eu não reconheço bem a diferença entre o Roteirista e o diretor. Dois lados da mesma moeda, dois gumes da mesma espada. Melhor ficar, as vezes como contra regra e sair só observando ou câmera, que filma tudo. Só que não participa e nem tem seus nomes nos créditos. Sendo importantes mesmo assim, nunca estrearam. Sejamos pelo menos figurantes, mas que apareçamos na foto, na lembrança. E se possível ache um papel pra você, ache também alguém que no roteiro aceite participar do seu filme e deixar você participar do dele. Deixe que o vilão encarrega de aparecer, que talvez seja você esse vilão. E então nunca subestime o mocinho<br />
<br />
"To fora, se esse é o caminho, se a vida é um filme, eu não conheço o diretor..."Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-11240659330058099542014-10-06T17:05:00.000-07:002014-10-06T17:05:12.508-07:00Sexta-feira AmorFoi mágico, foi lindo. Eu nem tenho palavras pra descrever o que senti quando subi pela primeira vez num palco fora dos meus domínios. Público maravilhoso, acalorado. Maceió é isso.<br />
E abrir o show do cara que norteou nosso trabalho...Nem preciso falar mais nada!Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-81909701973990207302014-10-06T17:02:00.002-07:002014-10-06T17:04:39.134-07:00Você não me vê (Que saco eu não consigo entender...)<div style="text-align: justify;">
"Sou invisível aos olhos dela, não é possível!". Olha que não foi apenas indiretas, foram escancaradamente umas palavras (ou a combinação morfossintática perfeita) pra dizer que to apaixonado por ela. E ela acha que eu sou bobo, que tenho que ficar ouvindo coisas e não fazer planos. Eu decidi fazer um: vou partir desse lugar. Talvez ela sinta a minha falta por simples obrigação da ausência. Ou por algo a mais, por ter medo de não poder falar da sua vida e ser escutada, por exemplo. Por não ter mais aquele bom dia efervescente. E não ter mais aquele boa noite, ou se cuida, ou dorme bem. Vou mesmo partir, acho que a vida não pode mais me maltratar assim, ficar pela metade com alguém. Nem pela metade, mas num intervalo 1/n com n indo pro infinito. To tendendo a zero. Não consigo fazer nada além de pensar no momento em que você vai deixar algum recado. Que vai me zuar por qualquer besteira que eu fizer. Ou vai me dizer que está frio. Não posso mais ficar, tenho que ir e rever meus princípios, andar sozinho pra ver se gosto mais de mim do que de você. Você vem contando das dores do amor passado, e como diz a canção do Cazuza isso acaba comigo. Nessa novela não quero ser só seu amigo. Nem vou ser, não tem como mais voltar atrás. EU nunca escrevi coisas sobre o amor, sobre estar enamorado ou paixão. Sempre fiz isso superficialmente. Acho que ser piegas demais. </div>
<div style="text-align: justify;">
Queria finalizar com um sinal de fumaça, só pra ver se você me vê. Sei não sou bonito nem tenho todo o potencial do macho alfa ocidental capitalista. Mas tenho um coração bom. Adoraria dividi-lo com você. Não só pra contar casos, mas pra criar os nossos próprios. No pacote também vem uma meia dúzia de mimos. E de carências também. Sei que a oferta é recusável portanto, releve. Se não for o caso, não tem problema. Arrumo as malas e parto, parto e parto-me (Anitelli sabe o que faz e diz). Parei com a metáfora do de Schrödinger. Você conhece os riscos e as possibilidades. Mas não quero ser chato, apenas estou morrendo. E como diria o poeta Igor de Carvalho, a mentira é o suicídio da alma. Por favor me ajude!</div>
<div style="text-align: justify;">
Agradecido</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu!</div>
Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-2450160348599428782014-09-25T22:04:00.003-07:002014-09-25T22:05:43.264-07:00Nenhum comentário (I Can't me myself)[Ai quem mi mai selfi]Hoje o dia começou mais cedo. Levantei e fui fazer o que sempre faço nas quintas mais enjoadas que eu já nos últimos dez anos. Sou repetição igual a metralhadora. Sempre fazia algo diferente e hoje estou preso a rotina do trabalho cansativo. Será?<br />
Ao escrever umas poucas palavras aqui nesse espaço que me foi concedido, vem uma questão que é super indefinida: será que não recebo críticas nem construtivas nem destrutivas porque ninguém lê o que eu escrevo? Esse lamento foi de um post passado, nem vou remoer. Mas o que eu acho interessante nesse mesmo cancho é a percepção daquilo que se faz e daquilo que se almeja. Essa ponte muita das vezes é coberta de névoa.<br />
A minha intenção era que todos a qual eu compartilhassem essas palavras sinceras me dessem sugestões do que está correto e do que falta melhorar. Assim poderia fazer isso aqui para os outros. Mas ultimamente venho percebendo essa falta de compreensão. Na dúvida, sempre achei que era melhor optar pelo improviso. Agora vejo que na dúvida apelo pro desprezo. Fica mais igualitário a maquina.<br />
E esses dias algumas mesmas (rsrsrsrs) pessoas vieram me criticar sobre o que eu sou. O que eu deveria colocar nas minhas redes sociais. No meu modo de pensar e agir. Sim sou muito estrambelhado e muita das vezes erro feio. Mas mudar é foda, temos que ter um motivo pra querer mudar realmente. Tirar nossa impressão para que sejamos algo que não somos.<br />
Veio na memória a música de uma banda brasileira chamada Splippleman que se intitula Me Myself (eu mesmo). A música fala exatamente isso: Seremos algo que nós mesmos não podemos ser. Pelo fato de que a felicidade própria não existe. Existe sim! Então eu refleti: Não posso mais ser eu mesmo? Daí eu conclui que a pessoa não sabe que está fazendo o mal, por que ela quer a antítese já que isso é bom pra ela. Então resolvi apenas postar o necessário.<br />
Bem acho que minha cota de pensamentos alados acabou de acabar ( e foi embora)<br />
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<table class="cor_2" id="tbl_traducoes" style="border-collapse: collapse; border-spacing: 0px; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 1.6; margin: 60px 0px 0px; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;"><tbody>
<tr class="spc "><td class="col2" style="height: 10px; line-height: 1.5; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 10px; vertical-align: top; width: 420px;"></td></tr>
<tr class=""><td class="col1" style="color: #a3a3a3; line-height: 1.5; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top; width: 420px;">Nobody needs a million friends</td><td class="col2" style="line-height: 1.5; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 10px; vertical-align: top; width: 420px;">Ninguém precisa de um milhão de amigos</td></tr>
<tr class=""><td class="col1" style="color: #a3a3a3; line-height: 1.5; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top; width: 420px;">Only one is</td><td class="col2" style="line-height: 1.5; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 10px; vertical-align: top; width: 420px;">Apenas um é</td></tr>
<tr class=""><td class="col1" style="color: #a3a3a3; line-height: 1.5; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top; width: 420px;">Enough to give a helping hand</td><td class="col2" style="line-height: 1.5; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 10px; vertical-align: top; width: 420px;">O suficiente para dar uma mão amiga</td></tr>
<tr class=""><td class="col1" style="color: #a3a3a3; line-height: 1.5; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top; width: 420px;">And sing you a song</td><td class="col2" style="line-height: 1.5; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 10px; vertical-align: top; width: 420px;">E cantar-lhe uma canção</td></tr>
<tr class=""><td class="col1" style="color: #a3a3a3; line-height: 1.5; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top; width: 420px;">Make it so... loud</td><td class="col2" style="margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 10px; vertical-align: top; width: 420px;"><span style="line-height: 1.5;">Torná-lo tão ... alto</span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 22.5px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 22.5px;"><br /></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<table class="cor_2" id="tbl_traducoes" style="border-collapse: collapse; border-spacing: 0px; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 1.6; margin: 60px 0px 0px; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;"><tbody>
<tr class=""><td class="col1" style="color: #a3a3a3; line-height: 1.5; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top; width: 420px;"><br /></td><td class="col2" style="line-height: 1.5; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 10px; vertical-align: top; width: 420px;"><br /></td></tr>
<tr class=""><td class="col1" style="color: #a3a3a3; line-height: 1.5; margin: 0px; padding: 0px 10px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top; width: 420px;"><br />
<br />
<br /></td></tr>
</tbody></table>
Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-42834122251903014052014-08-29T19:00:00.000-07:002014-08-29T19:00:01.196-07:00"Dormir, pra quê? tanta coisa pra fazer..."Eu nem ia escrever hoje. Estou doente, a garganta parece que tem 2 kg de terra dentro arranhando tudo. Mas decidi escrever para medir um tanto quanto acho que esses textos tem de importância. Quando falo de importância, falo em todas as pessoas (possíveis) que irão ler o que escrevo. Na verdade iria optar por relevância, mas relevar não minha opinião é algo mais sutil. Quero iniciar do mais bruto. Então surgem naturalmente algumas perguntas bobas sobre "quem irá ler esse texto?" ou "será que as pessoas iram se IMPORTAR?"<br />
Ainda to no jogo da "dúvida é o preço da pureza". Mantendo essa pureza, sigo escrevendo. As vezes crio meta-estrofes de pilantra como o Apanhador Só, outras vezes só apanho mesmo. É a dureza da significância pairando no ar.<br />
Nós precisamos sempre doar algo. Nem que seja um conhecimento exótico, um manual budista. Mas não podemos deixar de trocar essas coisas com os demais. Não me considero como um escritor de manuais ou de auto-ajuda. Sou comum, apenas escrevo o que vejo ao meu redor. Se sonho as vezes, perdoe-me: é o espírito jovem! Escrevo em tom e caligrafia sincera. Não quero alcançar modas, personificações do "nossa como ele é bom, por que não escreve um livro?" Ta aí outra coisa que eu não tenho certeza se quero. Livros são tão pragmáticos com seus começos, meios e fins. E nenhum deles se justificam.<br />
É isso. Não ia dormir tão cedo sem colocar essas coisas no papel moderno. Sem lirismo algum. O ostracismo me espera logo em seguida. Mesmo com pessoas, me sinto só. Acho que andar demais com a solidão me fez parte dela.<br />
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Obs: Título do texto foi retirado da canção "Nesse instante só" do Graveola e o Lixo Polifônico....Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-80123363948720951002014-07-19T21:26:00.002-07:002014-07-19T21:26:47.236-07:00Sobre Rubem e o Lixo lógicoQue data chata. Dia 20 de Julho. To escrevendo aqui nesse blog já tem um bom tempo. E realmente tempo é uma pertubação do equilíbrio do nosso ser-estar (nem sei de onde tirei isso). Pois bem. Rubem partiu. Estava doente e sabemos o quão é doloroso a partida de que realmente veio pra mudar. Pra ele, a morte era algo trivial, assim como o talento. Acabei de ler um texto seu sobre saúde mental e tinha certeza que havia escrito algo parecido (mas nem de perto talentoso) com aquele texto. Pensar realmente é difícil...e perigoso. E depois também lembrei do texto que falei sobre a morte e sua libertação. Acho que tudo se encaixa no fim. E as perguntas são realmente inúteis, quem as responderá? Se tudo tem fim, prefiro acreditar no aqui. Meio revoltadinho, não iria fazer o papel de "Geração Coca-cola" numa póstuma homenagem a quem os ipês serão eternamente gratos.<br />
Alves. De um dos filhos de Abraão, das doze tribos. Rubem. Falência múltipla dos órgãos mas resistência moto contínua da alma. Da poesia. Dos ipês. As cinzas serão lançadas e ficaram encrustadas na nossa mente.<br />
Enganchando esse texto, assisti um documentário sobre o tropicalismo. Como diria o Tom Zé, um lixo lógico demais. Mas quando vi que o Gil conseguiu misturar Sgt. Peppers com Banda de pífano de Recife achei que valeria dar uma olhada. E quando ouvi as primeiras canções acho que realmente me culpei por não ter tido a mínima curiosidade de ouvir essa lindeza. E de como as canções eram fortemente "maquiadas" para não serem barradas na peneira dos milicos. A real beleza mora aí: esconder aquilo que se quer dizer para não dizer realmente o que é. Confuso? Sim, a beleza também reside num pouco de confusão filosófica das coisas. E no córtex cerebral ou célebre. Dos desencaixes de palavras gêmeas (virei Millôr).<br />
Então retomo o ponto de partida com Rubem e as loucuras da saúde mental. Ler jornal nunca foi meu esporte, prefiro algo mais sarcástico como livros de teoria dos conjuntos, do Halmos mais especificamente. Ou uma revistinha do Superman. Enfim, algo que alimente e realmente me sirva. Nada de especular autores renomados, a graça da coisa é ser a coisa.<br />
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E um lixo lógico amontoado no pairar do pensar, trouxa!Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-28244421530462508292014-07-14T17:59:00.001-07:002014-07-19T20:55:47.221-07:00BEM...materialO texto de hoje vai parecer desconexo, De propósito. Acho que não ando falando realmente o que devia. Mas bem (veja o texto já ficou desconexo) o motivo de estar aqui escrevendo é sobre um episódio interessante que aconteceu comigo nesta corrente data. Cheguei em casa sem ter o que fazer, fiquei a espreita do inesperado. Eis que meu pai chega, nada demais, ele sempre chega entre às 17 e às 19 horas. Aí fiquei indeciso sobre se iria entrar nas redes sociais ou assistir algo. Mas aí ele me pede pra lavar o carro. Nossa eu odeio lavar o carro. Não gosto, questão subjetiva e pronto! E hoje com um nível nuclear de um tédio com um T (bem grande pra você) eu me fingiria de morto pro urso. Mas como um insight do acaso resolvi ir. Não contaria com a ajuda do expert em lavar carros, meu irmão, por conta do resfriado. Estava sozinho na peleja. Comecei lavar, passar sabão nas laterais e ai me veio a recordação: meu pai acabara de vender o carro. O que isso tem a ver? Nada. Mas pensando bem, essa seria a ultima vez que eu lavaria esse carro. Esse mesmo carro a qual estava sendo adquirido quando passei no vestibular. E quando chorei por um fracasso amoroso? chorei no ultimo banco, vindo de Arapiraca pra casa. Alguns meros desavisadinhos iriam falar "cara, é apenas um carro, um bem material qualquer". Aí destaco a palavra bem em soma com a palavra material. Somos personificadores do material como um bem que se encontra no âmbito financeiro. O valor mundano para algo que é inerente a ele. Irritantemente somos província a ponto de criar o jargão do "com dinheiro compra-se outro". O outro não me recorda nem um momento sobre o que passei durante esses quatro anos. Então damos ao ser inanimado o título de valor sentimental. Aquilo que nos é dado com preço impagável aos cifrões e aos juros compostos. O carro do meu pai (vejam, nem meu é) tem um valor sentimental significativo pra mim e pra todos da minha prole. Então estava me despedindo das minhas memorias materiais. Aquilo me doeu bastante. Fiquei abatido até o momento de escrever esse texto. Talvez ele amenize a dor. Não de um carro qualquer, mas de um que eu sei bem como foi sofrido pra tê-lo de fato. Escrevo mesmo por isso. Por coisas que acho que tem valor. E nem preciso prolongar a explicação disto: os raros entenderão.<br />
Estou bem, aliás bem é a palavra que define o meu estado bruto de espirito. Material é apenas aquilo que está no nosso alcance visual e tátil. E como estou ainda naquela jogada da simbiose, estou bem...material.Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-8950020047281737432014-07-03T20:38:00.000-07:002014-07-03T20:38:03.834-07:00SimbioseDistraído, vaguei pelos vales sombrios e sóbrios do Youtube. Achei um vídeo de um cara que já admiro há séculos e isso só aumenta exponencialmente. Falando do nosso hermano Rodrigo Amarante. Ele falou do significado do nome de seu novo (não tão novo, já faz um ano) CD "cavalo". Particularmente fiz como manda a receita do bolo e julguei pela capa: que nome horrível para um CD de um cara que eu acho de outro planeta. Aí nesse vídeo, em um programa português chamado "o que fica do que passa" ( que nome lindo!) vi o entrevistador fazer a pergunta crucial sobre o que significava o cavalo. Deu até a introdução do cavalo como símbolo do veículo, no candomblé. Mas o Amarante, como sempre, me surpreendeu. Falou novamente do dualismo que ele carrega desde os Los Hermanos: falou da separação entre o ser racional e o emocional. E ai falou da simbiose entre cavalo e cavaleiro, o guia se torna guiado, a cavalgada perfeita.<br />
E pra completar falou de algo que sempre me instigou: Se eu não tivesse aqui e tivesse lá, quem eu seria? ("quem então agora eu seria?" na bela canção o velho e o moço). Assim como ele, sempre me imaginei como seria se ainda estivesse em São Paulo. Quais seriam minhas amizades, o que eu estaria fazendo agora? Isso é se desprender do plano, do padrão vital dos ponteiros cronológicos. Isso é ser livre, sem pudor. Ser dotado de uma imaginação fugaz e desdobrante. Pessoas que pensam assim, não convivem bem com o estático.<br />
Realmente viver, sonhar e antes de morrer, não-pensar. Mas deixar o sub-consciente falar por si próprio. O processo é bem mais aterrorizante. Me vem à cabeça a teoria das probabilidades. De que o que seriamos se não fossemos, conversa que tive com os alfabéticos dias atrás. Somos disso mesmo: de referenciar aquilo que somos por medo de não sabermos mais depois. E ai vi o sentido de <i>Mon Nom, </i>da frase enigmática do <i>Je suis l'etranger </i>. De toda a preposição e a pré-disposição que o artista tem. De não poder se expressar na língua do outro. Perder o veículo, o cavalo.<br />
Tudo se tornou claro quando se fala da distância, de <i>Irene</i>, do presságio sobre o novo de <i>The Ribbon</i>. Esse CD realmente mexeu comigo. Me extenuou de mim mesmo.<br />
Ficamos por fim com o trecho que me fez escorrer umas lágrimas, que me fez refletir sobre o que faço como pessoa atuante e passiva daquilo que objetivo. Afinal, somos um LIVRE ARBÍTRIO, ou um LIVRO ABERTO.<br />
<i><br /><br /><br />Quem na rua se perde<br />Encontra o que pede<br />Acerta o que mede<br />E conta até errar<br />Que o erro é onde a sorte está<br /><br /><br />Não queira ver </i>Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3372839091883465560.post-28900668509044545442014-06-22T18:05:00.001-07:002014-06-22T18:05:08.189-07:00A morteReconsidero todos os conceitos volúveis sobre morte. Todos me entristeceram. Mas não uma tristeza trivial e sim uma descontinua. Aquela que nos serve de ponto de referência. A morte é como a vida. Um pedacinho da relutância que é viver. O destino final da viagem, da caminhada. Entristeço-me não por pessoas pensarem no fim e sim por não pensarem na caminhada. Nas paisagens, nos reflexos das coisas no caminho. Nos aparatos da imensidão. Ah como os deuses nos invejam. Inclusive tava assistindo um anime, onde uma pessoal imortal falava da morte e me chamou atenção pelas palavras. Falou que a decorrência de saber que não iremos ficar aqui pro resto da vida é o motivo do ser humano ir à luta. De planejar, de renunciar. De todos os infinitivos que sustentam a nossa mortalidade. De que as pessoas passam e passam e passam...e que vê-las realmente a deixava com inveja. Por que somos tão província a ponto de querer a imortalidade? Somos regidos por motivação pelo desconhecido. Mas também somos movimentados pelo novo. O que seria de nós se apenas vivêssemos sem nenhum propósito? Acho que eu, particularmente, cansaria. Ver todos que amam morrendo e nascendo no moto contínuo não me sugere instiga pela imortalidade.<br />
Na verdade acho que ela existe na nossa vida. Um pequeno espaço para se trabalhar a imensidão: tudo que irá existir terá uma porção de cada um. Então o tudo fica por aí em cada qual. Os pronomes se misturam, se condensam. Corroboram com algo que não existe então, no físico, mas no filosófico. O que se deixa enganar por ser algo não alcançável mas não almejável. As vezes fica confuso falar da morte e da imortalidade sendo coisas antagônicas e ao mesmo tempo dois lados da mesma moeda. Sem troco nem truque, estamos a mercê do inesperado. A morte mora em cada minuto que estamos vivendo. Se alimentando do próximo carnaval, da próxima copa do mundo. Do separatismo carnal, do superego social, da intensão do ali e não do agora. Somos abençoados por não ficar pra sempre aqui: não aguentaríamos nem um segundo a mais que a nossa vida nos permite<br />
Então vivemos enquanto estamos vivos (redundância poética e literal).Luciano Ponteshttp://www.blogger.com/profile/02228857992563390997noreply@blogger.com0