terça-feira, 11 de novembro de 2014

Represa

Eu uma vez ouvi falar que o que sentimos é como uma represa. Sempre jorrando e se abastecendo na medida certa. Mas uma certa vez, uma ruptura pequena se fez na represa. Até ai tudo bem, a matemática não nos engana: a vazão era menor que o enchimento. Mas ai foi se fazendo rupturas e mais rupturas até que essa equação mudou. O que deveria ser jorrado aos poucos foi-se. E não dava mais pra abastecer. Ai ficou apenas a represa.
Essa fábula parece grotesca no ponto de vista adulto. Pessoas irão me falar asneiras ou pior, não irão falar nada. Mas é exatamente o que eu penso sobre os sentimentos. Se criarmos rupturas por menor que sejam, elas vão rachando a estrutura e uma hora ou outra, na mesma hora em que a velocidade do avião é tão grande que tem-se duas opções: voar ou bater! Nesta hora a represa vai secar.
Falando em avião, aprendi eternidades sobre a vida de artista, com o grande Maurício Pereira em entrevista com o Paulinho Moska. Acho que o que ele falou tem todo sentido: fazer a arte (no caso, música) pro homem comum. Como se fosse um diálogo não um monólogo. Um chop no bar e uma conversa despreocupada falando sobre a vida. As palavras nem sempre alcançam o que queríamos dizer. Então tudo ao redor pode se encarregar disso...

Texto ficou pequeno então por não ter nada a dizer.

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