segunda-feira, 16 de junho de 2014

sem rés(sentimentos)

Antes de tudo, quero deixar claro que nada é por culpa minha. Não termino aquilo que não começo. Pedir desculpas pra quê?  Tudo é em vão. Nada é pra sempre. Prefiro acreditar no que flui, na corrente incessante da vida. Sou mais eu.
Resolvi não abri mão do meu tempo, da minha hora, das minhas músicas por ninguém. Não sou província a ponto de mentir. Andei meio conflitado com a minha hipocrisia. E envolvi pessoas. Peço a elas que me perdoem, mas não podia seguir: eu sou o que sou.
Pensei nesses dias sobre minha infância-juventude. Tempo que eu me bastava de dois pedaços de tijolo e pelo menos 4 amigos. Se tivessem em número ímpar, haveria a famosa linha-fora. E era tão legal quando íamos ao campo (do massau). Ali parecíamos mais profissionais: traves e chuteiras, muros vizinhos e muito mato ao redor. O que me fazia chorar no máximo era um arranhão no joelho ou um pontapé de algum zagueiro imprudente. Nada além disso. Não ligava (e nem ligo) para meus amigos que se gabavam por serem os maiores pegadores da escola. Eu só queria mesmo que reprisasse Digimon, que o Goku salvasse a terra. Queria que o mesmo me salvasse hoje, com soluções rápidas. Crescer é difícil. A complexidade veio à tona, mais do que um problema de física ou de matemática.
E ainda mais essa prosopopeia que faço dos meus problemas se atenua. A copa do mundo esse mês foi ainda mais nostálgica. Estava jogando bola em 2002 no meio da rua e da chuva domingo de manhã quando vi as pessoas gritando GOL. E também em 2006 no meio da rua quando gritaram "NÃO! Gol da França!". Em 2010 estava mais em casa assistindo e rindo do bolão a qual venci por apostar na galera dos países baixos. Esse ano to mais sozinho do que nunca esperando o desenrolar. Só serviu pra mostrar que a cada ano, a cada copa, vivo mais só. O meu egoísmo está mais vigente então: não quero ninguém por enquanto
A vida está me deixando com a solidão e com ela pretendo estar mais um tempo. Sem rés(sentimento)

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