terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Reencontros

Hoje poderia ser um dia comum. No verbo conjugado dessa forma, imperfeitamente, a mudança reside. Bem, hoje estava marcada uma confraternização dos meus compatriotas de sala. Até ai, beleza, venho vendo eles durante os últimos cinco anos. Foi legal ver que todos estão bem, uns eu ainda não tenho (e nunca vou ter) proximidade como tenho com alguns. Sou muito dessa de ou tu é meu amigo ou apenas uma pessoa a mais ali. Alguns assuntos calorosos na ponta da língua de alguns mais chegados (depois eu entro em detalhes). Foi tudo bem típico.
Fomos assistir O Hobbit. O filme parece que veio na hora certa, eu precisava ver algo que me fizesse me levantar da poltrona e vibrar. Classifico como perfeito o filme, um bom resumo daquilo que eu esperava, e com a direção do mestre Peter Jackson, foi divino.
Mas o mais interessante foi que além desses reencontros, outros mais inesperados aconteceram. Encontrei a Brenda e a Priscilla, pra trazer a tona a nostalgia la do meu ensino médio e como o meu terceiro ano foi foda. Tenho usado muito essa palavra, foda. Acho que pode render outros textos. Mas ai, fomos a Carajás, aplicar uma prova (na verdade acompanhar o Cristiano) e eu reencontro o O Keka (kkkk esqueci o nome dele, desculpa) que me retornou ao meu ensino fundamental e a Aline (ahhh) a qual eu era apaixonadinho no terceiro ano. Casou, assim como tudo mundo casou nessa porra de cidade. Meus amigos todos casados e eu? Eu escrevo essas paradas aqui, acho que cinco ou seis pessoas leem e tal. Fui na pizzaria com os alunos do Cris, acho que foi uma presepada, mesmo eu curtindo em alguns momentos, acho que ali sim vi que eu vou me excluir desses ciclos amistosos por um bom tempo, Ando meio chato pra aturar até eu mesmo!
O resumo da ópera em português: eu achei interessante como tudo se interligou. Cinema, ciclo de amigos atuais que podem não ser tão atuais, os que não são mais atuais e os que podem vir a ser. Ou talvez não. Sei lá.
Acho que esse final foi tão vazio quando o texto todo. Vou esperar a inspiração bater em minha porta. até ano que vêm!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Eu odeio praia

Sol, calor, curtição...nem vem, esse não sou eu. Sou um murmúrio no meio dos feriados julianos na cidade vazia. Me lembrei agora dos escritos do jedi (hahaha) Gessinger sobre ficar em casa no feriado enquanto todos vão à praia. Dá pra se conhecer melhor tudo o que você acha que sabe que existe mas nunca deu a mínima.
Bem, final de ano, como todo mundo sabe, lá se vão as pessoas curti a praia. Outras vão pro campo (mas essa é outra história...), certo? Mas a maioria vai pra o pior lugar do mundo. Minhas lembranças sobre esse lugar absurdamente grotesco não são as melhores. Pra vocês terem uma ideia, perdi um óculos novinho lá na praia. Putz, foi muita burrice minha querer nadar de óculos (nesse momento todos riem). E nesse dia, que eu acho que foi o dia a qual eu comecei a detestar os lugares com água do mar, ficamos sem suprimentos por falta de cálculo. O David, que era o cara mais chato do mundo e ficava no top 10 da galaxia (mentira, era top 3) tava bêbado e enquanto eu dormia ele jogou terra na minha cara. Como era pequeno, não pude fazer nada. Se fosse hoje também não faria. Sou passivo demais pra brigar por algo. Mas minha vingança veio quando ele queria comer e eu não deixei um sanduíche sequer pra ele. Acho que estávamos na Barra de São Miguel (Porra, São Miguel tem barra?).
Daí pra cá eu traumatizei. Quando os familiares chamavam eu sempre arrumava uma desculpa esfarrapada. "Vou ter que estudar pra uma prova..." ou "Eita domingo eu vou pra casa de um amigo estudar...". Já vai em uns 2 anos bons que eu não vou à praia tomar banho (uns 5 por livre e espontânea vontade).
O legal que eu percebi era que eu era pouco exigente com o ambiente quando era moleque. Nem queria saber se tinha somente "David" na viagem ou na praia, eu queria ir. Gostava da companhia da galera mais velha (a qual minha irmã fazia parte) e sempre tentava chamar atenção. A velha questão da aceitação social. Hoje não, eu nem tenho de fato uma galera da minha rua (as vezes nem saio de casa), a galera da facul nunca foi ( a não ser nos congressos). E é isso, eu prefiro muito mais o sossego da minha solidão do que o barulho da solidão dos outros.
Um retrocesso anunciado? Bem, eu diria um ostracismo sofisticado. Um encontro a luz de velas comigo mesmo. A praia tem o mar, tem outras coisas bonitas. Mas eu sou uma maré. Sou um revés brasileiro: odeio o tropical, ele me inspira alegria demais. E tudo que é demais acaba sobrando. É assim que me sinto na praia, sobrando.
A todos um bom começo de ano, só volto aqui ano que vem...

domingo, 7 de dezembro de 2014

Domingo

"Domingo é sempre assim e quem não está acostumado
 é dia de descanso, nem precisava tanto
 é dia de descanso, programa Silvio Santos"

Bem, esse meu domingo, ao contrário da música dos Titãs, foi bem produtivo. Foi um domingo ontem deixei todas as mazelas espirituais de lado e foi sim, beber como gente grande. Nadei da piscina que nem cabia todo mundo, mas foi felicidade de sobra. Carne a vontade.

Nunca descrevi a amizade. Um sentimento tão bonito que nem precisa. Mas hoje, com poucos amigos, uns em maior grau que outros, vi que só precisava daquilo as vezes. De esquecer do resto do mundo e das brigas desnecessárias que venho arrumando pro meu coração. Do compromisso apressado, do descompromisso comigo mesmo. Do chiste interior. Uma das falas que eu não esqueço foi a do sábio Odair (a barba é de pajé, sempre desconfiei) foi sobre "oia, se eu tivesse isso aqui todo dia, acho que nem precisava mais viver correndo atrás do nada"
Se sossego fosse rotina, realmente nem precisávamos ter nascido. Como o Amarante falou em entrevista sobre "se não houver tristeza, pra que alegria?". Os dois lados da moeda são complementares. Devemos sentir sim aquela aguda tristeza da madrugada fria e solitária (nossa que drama!) pra depois sentir a névoa baixando e o sol brilhando. Somos on/off mesmo.
De todo coração, não queria que esse domingo com os amigos acabasse. Amanha volta a realidade (hoje já). Como se o carnaval de alegria acabasse e o Pierrot tivesse que vestir novamente sua roupa de executivo e ir lutar no escuro da vida capitalista. A volta da balada do homem comum.
Bem, é isso, a felicidade foi servida, com a amizade e muito riso de tira-gosto e sobremesa. Amém!

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Phoenix

"Renascer é como voltar a viver depois de um tempo morto"
Essa frase, a qual não tenho a mínima ideia de onde surgiu, me fez refletir sobre alguns acontecimentos. Algumas coisas que claramente eu sabia que não iam vingar: outras eu estou me surpreendendo, estão indo pro lado certo. Verdade, eu entendo a coisa na medida da limitação do ser errante. Mas acho que no sentido visionário literal, vou o expandindo a cada mazela vital minha.
Eu estava observando meus alunos jogando bola na terça. Pareciam felizes, imortais. A dúvida era se o Pingueira iria jogar no time do Chulinha ou no do Edivaldo. E o Emerson, pequeno, mas gigante em algumas questões. Me perguntou o porque de estar observando com tanto empenho aquilo que para ele era mais que trivial. E o Geovane, que com sua sabedoria, me perguntou se a minha cara era de tristeza ou de fome. Acho que os dois, naquele momento. Estamos no fim do ano e eu me despedindo não podia deixar de notar o quão eu me aproximei desses guris. Os do Matutino também, com as histórias de vida intrigantes, dos namoricos que eles e elas comentavam. Da visceral juventude alada. Então resolvi apreciar aqueles momentos eternos enquanto eu me criticava e me chateava por ter sido tão mortal. Tão precipitado. Mas não vi saída, arrisquei e paguei o preço. Nem foi tão caro, mas me encheu o inventário. Estou rico de decepções e pobre de percepções antecipadas.
Claro, se a vida é realmente uma roda, eu girei e to numa corda meio que menor que o raio. Em português: Tô me retraindo, fugindo das pessoas, das brigas, dos novos descobrimentos. Tô, mais uma vez, fora da jogada, o jogo acabou tão rápido que eu preferi nem reclamar. Não me entreguei ao chilique, só ao balanço. Agora eu realmente volto ao lugar de onde vim, da solidão áspera e figurativa. Mas tão física que me retira 10 bons anos da minha face. Nem tenho mais face, sou um retrato maltratado. Um farrapo humano, vivendo de expectativas esmigalhadas. Toco numa banda, estou sendo reconhecido. Mas não alucina nem me satisfaz. Vou atrás do inesperado com passagem só de ida. Quero nem pensar nesses últimos meses, onde imperou a cegueira total sobre algo que nunca eu deveria saber nem viver. Dúvida em chamar quem compor a linha. Linha do Equador e dos trópicos do meu novo mundo. Quem vai me delimitar? Quem? Eu? Imagina. O duo não aparece simultaneamente. Esse que vos fala é um, daqui a pouco o outro volta.
Paciência, coração de merda. Eu falei que tu só ajuda a quem atrapalha. Filantropismo e altruísmo que me separam da lógica inteligente e me colocam no patamar do zero esquerdista. Do zero vim, do zero voltei. Pro zero vou.

Phoenix, renascida da lama, à chama retorna.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Represa

Eu uma vez ouvi falar que o que sentimos é como uma represa. Sempre jorrando e se abastecendo na medida certa. Mas uma certa vez, uma ruptura pequena se fez na represa. Até ai tudo bem, a matemática não nos engana: a vazão era menor que o enchimento. Mas ai foi se fazendo rupturas e mais rupturas até que essa equação mudou. O que deveria ser jorrado aos poucos foi-se. E não dava mais pra abastecer. Ai ficou apenas a represa.
Essa fábula parece grotesca no ponto de vista adulto. Pessoas irão me falar asneiras ou pior, não irão falar nada. Mas é exatamente o que eu penso sobre os sentimentos. Se criarmos rupturas por menor que sejam, elas vão rachando a estrutura e uma hora ou outra, na mesma hora em que a velocidade do avião é tão grande que tem-se duas opções: voar ou bater! Nesta hora a represa vai secar.
Falando em avião, aprendi eternidades sobre a vida de artista, com o grande Maurício Pereira em entrevista com o Paulinho Moska. Acho que o que ele falou tem todo sentido: fazer a arte (no caso, música) pro homem comum. Como se fosse um diálogo não um monólogo. Um chop no bar e uma conversa despreocupada falando sobre a vida. As palavras nem sempre alcançam o que queríamos dizer. Então tudo ao redor pode se encarregar disso...

Texto ficou pequeno então por não ter nada a dizer.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Harmonium

"Tudo o que eu pensei
E nunca falei
As coisas que eu fiz
E nunca mostrei
E como eu agi
Quando ninguém viu
Ninguém vai saber
Ninguém vai saber
O que não deu certo
Por sorte ou azar
Ninguém reparou"

Logo quando eu escutei essa música do O Terno, consegui prestar atenção nessa letra. Tudo o que cabia nela de mim. Lembro-me de meses atrás eu ter postado algo sobre as pessoas não prestarem atenção no que eu faço. Bobagem. Vi que isso é uma dádiva (dos ninjas kkkk).  Nós sempre temos que se convencer de que só precisamos fazer algo se for em prol do reconhecimento. E como aquele ditado "se não serve pra ninguém, não serve pra mim". Ou seja, se ninguém ler isso aqui agora que eu estou escrevendo de que adianta eu escrever? Pois ora, o que eu sou e o que eu escrevo não precisam ser evidenciados. Eu só preciso de poucos para entenderem. Difícil é encontrá-los. Tenho medo do medo, receio do remoroso (vice e versa em ambos). Eu adoro parafrasear a maioria das coisas que eu escrevo. Isso é ruim? Talvez. Para alguns será a velha concha de retalhos. Para mim será algo novo, pois a expressão nunca se repete. Pode se aproximar, nunca igualar. Então não me preocupo com a esperança dos subsídios de meus amigos, parentes. Eu só quero desafogar todo o rio que fica represado dentro de mim. Jorrando em notas no violão ou em letras turvas aqui nesse sitio. Ninguém, eu digo, ninguém vai saber o que não deu certo. Eu escolhi esconder e me esconder de tudo isso. Dos debates acalorados, das rodas de conversas. Eu me isolei e paguei o preço da solidão. Agora quero o meu troco. Mas ninguém parece entender. Aí a vontade é de realmente voltar para o ninho, ficar la até os últimos dias. Minha tristeza eu não consigo entender (sou um alegre-deprê). 
É meus amigos, acho que não vai fazer sentido algum esse texto para muitos daqueles que lerão. Outros me chamarão de patético, de hipotético. Eu sou. Sou tão engraçado que muitas das vezes não rio de mim por respeito. Porque as pessoas já o fazem melhor que eu. É isso: fazer o melhor. Muita das vezes que tentei acabei errando. E voltando pro quarto escuro. E nessa transfiguração alguns me chamaram de imbecil, de criança. É como eu me sinto quando não tenho aquilo que planejei. Me sinto acuado num canto escuro da sala esperando a primeira lapada da minha mãe primeira: a vida. Ela bate realmente com força, e ainda pergunta se tá doendo. Eu nem apanhei suficiente e já to pensando em fugir. Fugir e apanhar mais, essa é a sina
Nem sei porque entrei nisso hoje, mas a Harmonium foi decisiva. Me fez ouvi aquela voz do "e se desse?" Se não deu, paciência. Se der tempo concerto. Mas não der, beleza, a vida ainda tá com o cinto, doida pra dar umas palmadas. Ai de quem for malcriado, aí...

Quem sabe se eu
Tentasse guardar
Tudo o que eu ouvi
Ouvi ou senti
Aquilo que nem
Se eu explicar

"Keep Change"

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O Roteirista

Sabe, ultimamente venho me perguntando se eu seria o culpado de tudo que está acontecendo na minha vida. De bom e de ruim. Como se a vida fosse realmente um longa metragem sempre em processo de gravação. E de uma hora pra outra se torna um curta. Se a vida é um filme temos que no mínimo sermos nossos roteiristas. Será?
Em meio a tantos pensamentos soltos, veio aquele que não me parece tão otimista: o que a vida reserva pra mim? E o que eu reservo pra ela? Não é uma bicondicionalidade mas sim algo que não se conecta. O roteirista de nós mesmos não nos contou como seria desse instante pra frente. Do momento em que decidimos ficar, ou partir. Naquele momento em que tudo parece cinza e do nada clareia. Não nos contou dos intemperismos, dos desencontros. Então não podemos nos preocupar com o que a vida nos reserva, porque acho que nem o próprio roteirista sabe. Alguns o chamam de Destino, tecendo sua teia que nem os deuses do Olimpo podem interferir. Há quem diga que pode mudar esse tal. Pode até ser, mas não o mudamos e sim o adaptamos. Acho que há uma gigantesca diferença nesses dois processos. Pois então, o script já está dado? Algo a se pensar, porquanto a toda hora estamos improvisando em cenas e desviando o curso do rio. Pegamos papéis principais e as vezes nos sentimos coadjuvantes de nós mesmo. Comparecemos as reuniões dos que não tem nada a acrescentar a nós, a não ser nós cegos. A vida é um filme de terror, com romance, com comédia. Trágica, mitológica, espacial. Especial. A dádiva da inocência do Roteirista ao ver que nada do que ele propôs foi cumprido. Revolta com o diretor, que fala que teve que cortar gastos, demitir alguns personagens, mandar alguns pra outros filmes, trocar o cenário. E nos conta que fez isso apenas para deixar o filme com mais emoção, com mais humanidade.
Parece que eu não reconheço bem a diferença entre o Roteirista e o diretor. Dois lados da mesma moeda, dois gumes da mesma espada. Melhor ficar, as vezes como contra regra e sair só observando ou câmera, que filma tudo. Só que não participa e nem tem seus nomes nos créditos. Sendo importantes mesmo assim, nunca estrearam. Sejamos pelo menos figurantes, mas que apareçamos na foto, na lembrança. E se possível ache um papel pra você, ache também alguém que no roteiro aceite participar do seu filme e deixar você participar do dele. Deixe que o vilão encarrega de aparecer, que talvez seja você esse vilão. E então nunca subestime o mocinho

"To fora, se esse é o caminho, se a vida é um filme, eu não conheço o diretor..."

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Sexta-feira Amor

Foi mágico, foi lindo. Eu nem tenho palavras pra descrever o que senti quando subi pela primeira vez num palco fora dos meus domínios. Público maravilhoso, acalorado. Maceió é isso.
E abrir o show do cara que norteou nosso trabalho...Nem preciso falar mais nada!

Você não me vê (Que saco eu não consigo entender...)

"Sou invisível aos olhos dela, não é possível!". Olha que não foi apenas indiretas, foram escancaradamente umas palavras (ou a combinação morfossintática perfeita) pra dizer que to apaixonado por ela. E ela acha que eu sou bobo, que tenho que ficar ouvindo coisas e não fazer planos. Eu decidi fazer um: vou partir desse lugar. Talvez ela sinta a minha falta por simples obrigação da ausência. Ou por algo a mais, por ter medo de não poder falar da sua vida e ser escutada, por exemplo. Por não ter mais aquele bom dia efervescente. E não ter mais aquele boa noite, ou se cuida, ou dorme bem. Vou mesmo partir, acho que a vida não pode mais me maltratar assim, ficar pela metade com alguém. Nem pela metade, mas num intervalo 1/n com n indo pro infinito. To tendendo a zero. Não consigo fazer nada além de pensar no momento em que você vai deixar algum recado. Que vai me zuar por qualquer besteira que eu fizer. Ou vai me dizer que está frio. Não posso mais ficar, tenho que ir e rever meus princípios, andar sozinho pra ver se gosto mais de mim do que de você. Você vem contando das dores do amor passado, e como diz a canção do Cazuza isso acaba comigo. Nessa novela não quero ser só seu amigo. Nem vou ser, não tem como mais voltar atrás. EU nunca escrevi coisas sobre o amor, sobre estar enamorado ou paixão. Sempre fiz isso superficialmente. Acho que ser piegas demais. 
Queria finalizar com um sinal de fumaça, só pra ver se você me vê. Sei não sou bonito nem tenho todo o potencial do macho alfa ocidental capitalista. Mas tenho um coração bom. Adoraria dividi-lo com você. Não só pra contar casos, mas pra criar os nossos próprios. No pacote também vem uma meia dúzia de mimos. E de carências também. Sei que a oferta é recusável portanto, releve. Se não for o caso, não tem problema. Arrumo as malas e parto, parto e parto-me (Anitelli sabe o que faz e diz). Parei com a metáfora do de Schrödinger. Você conhece os riscos e as possibilidades. Mas não quero ser chato, apenas estou morrendo. E como diria o poeta Igor de Carvalho, a mentira é o suicídio da alma. Por favor me ajude!
Agradecido
Eu!

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Nenhum comentário (I Can't me myself)[Ai quem mi mai selfi]

Hoje o dia começou mais cedo. Levantei e fui fazer o que sempre faço nas quintas mais enjoadas que eu já nos últimos dez anos. Sou repetição igual a metralhadora. Sempre fazia algo diferente e hoje estou preso a rotina do trabalho cansativo. Será?
Ao escrever umas poucas palavras aqui nesse espaço que me foi concedido, vem uma questão que é super indefinida: será que não recebo críticas nem construtivas nem destrutivas porque ninguém lê o que eu escrevo? Esse lamento foi de um post passado, nem vou remoer. Mas o que eu acho interessante nesse mesmo cancho é a percepção daquilo que se faz e daquilo que se almeja. Essa ponte muita das vezes é coberta de névoa.
A minha intenção era que todos a qual eu compartilhassem essas palavras sinceras me dessem sugestões do que está correto e do que falta melhorar. Assim poderia fazer isso aqui para os outros. Mas ultimamente venho percebendo essa falta de compreensão. Na dúvida, sempre achei que era melhor optar pelo improviso. Agora vejo que na dúvida apelo pro desprezo. Fica mais igualitário a maquina.
E esses dias algumas mesmas (rsrsrsrs) pessoas vieram me criticar sobre o que eu sou. O que eu deveria colocar nas minhas redes sociais. No meu modo de pensar e agir. Sim sou muito estrambelhado e muita das vezes erro feio. Mas mudar é foda, temos que ter um motivo pra querer mudar realmente. Tirar nossa impressão para que sejamos algo que não somos.
Veio na memória a música de uma banda brasileira chamada Splippleman que se intitula Me Myself (eu mesmo). A música fala exatamente isso: Seremos algo que nós mesmos não podemos ser. Pelo fato de que a felicidade própria não existe. Existe sim! Então eu refleti: Não posso mais ser eu mesmo? Daí eu conclui que a pessoa não sabe que está fazendo o mal, por que ela quer a antítese já que isso é bom pra ela. Então resolvi apenas postar o necessário.
Bem acho que minha cota de pensamentos alados acabou de acabar ( e foi embora)


Nobody needs a million friendsNinguém precisa de um milhão de amigos
Only one isApenas um é
Enough to give a helping handO suficiente para dar uma mão amiga
And sing you a songE cantar-lhe uma canção
Make it so... loudTorná-lo tão ... alto









sexta-feira, 29 de agosto de 2014

"Dormir, pra quê? tanta coisa pra fazer..."

Eu nem ia escrever hoje. Estou doente, a garganta parece que tem 2 kg de terra dentro arranhando tudo. Mas decidi escrever para medir um tanto quanto acho que esses textos tem de importância. Quando falo de importância, falo em todas as pessoas (possíveis) que irão ler o que escrevo. Na verdade iria optar por relevância, mas relevar não minha opinião é algo mais sutil. Quero iniciar do mais bruto. Então surgem naturalmente algumas perguntas bobas sobre "quem irá ler esse texto?" ou "será que as pessoas iram se IMPORTAR?"
Ainda to no jogo da "dúvida é o preço da pureza". Mantendo essa pureza, sigo escrevendo. As vezes crio meta-estrofes de pilantra como o Apanhador Só, outras vezes só apanho mesmo. É a dureza da significância pairando no ar.
Nós precisamos sempre doar algo. Nem que seja um conhecimento exótico, um manual budista. Mas não podemos deixar de trocar essas coisas com os demais. Não me considero como um escritor de manuais ou de auto-ajuda. Sou comum, apenas escrevo o que vejo ao meu redor. Se sonho as vezes, perdoe-me: é o espírito jovem! Escrevo em tom e caligrafia sincera. Não quero alcançar modas, personificações do "nossa como ele é bom, por que não escreve um livro?" Ta aí outra coisa que eu não tenho certeza se quero. Livros são tão pragmáticos com seus começos, meios e fins. E nenhum deles se justificam.
É isso. Não ia dormir tão cedo sem colocar essas coisas no papel moderno. Sem lirismo algum. O ostracismo me espera logo em seguida. Mesmo com pessoas, me sinto só. Acho que andar demais com a solidão me fez parte dela.

Obs: Título do texto foi retirado da canção "Nesse instante só" do Graveola e o Lixo Polifônico....

sábado, 19 de julho de 2014

Sobre Rubem e o Lixo lógico

Que data chata. Dia 20 de Julho. To escrevendo aqui nesse blog já tem um bom tempo. E realmente tempo é uma pertubação do equilíbrio do nosso ser-estar (nem sei de onde tirei isso). Pois bem. Rubem partiu. Estava doente e sabemos o quão é doloroso a partida de que realmente veio pra mudar. Pra ele, a morte era algo trivial, assim como o talento. Acabei de ler um texto seu sobre saúde mental e tinha certeza que havia escrito algo parecido (mas nem de perto talentoso) com aquele texto. Pensar realmente é difícil...e perigoso. E depois também lembrei do texto que falei sobre a morte e sua libertação. Acho que tudo se encaixa no fim. E as perguntas são realmente inúteis, quem as responderá? Se tudo tem fim, prefiro acreditar no aqui. Meio revoltadinho, não iria fazer o papel de "Geração Coca-cola" numa póstuma homenagem a quem os ipês serão eternamente gratos.
Alves. De um dos filhos de Abraão, das doze tribos. Rubem. Falência múltipla dos órgãos mas resistência moto contínua da alma. Da poesia. Dos ipês. As cinzas serão lançadas e ficaram encrustadas na nossa mente.
Enganchando esse texto, assisti um documentário sobre o tropicalismo. Como diria o Tom Zé, um lixo lógico demais. Mas quando vi que o Gil conseguiu misturar Sgt. Peppers com Banda de pífano de Recife achei que valeria dar uma olhada. E quando ouvi as primeiras canções acho que realmente me culpei por não ter tido a mínima curiosidade de ouvir essa lindeza. E de como as canções eram fortemente "maquiadas" para não serem barradas na peneira dos milicos. A real beleza mora aí: esconder aquilo que se quer dizer para não dizer realmente o que é. Confuso? Sim, a beleza também reside num pouco de confusão filosófica das coisas. E no córtex cerebral ou célebre. Dos desencaixes de palavras gêmeas (virei Millôr).
Então retomo o ponto de partida com Rubem e as loucuras da saúde mental. Ler jornal nunca foi meu esporte, prefiro algo mais sarcástico como livros de teoria dos conjuntos, do Halmos mais especificamente. Ou uma revistinha do Superman. Enfim, algo que alimente e realmente me sirva. Nada de especular autores renomados, a graça da coisa é ser a coisa.

E um lixo lógico amontoado no pairar do pensar, trouxa!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

BEM...material

O texto de hoje vai parecer desconexo, De propósito. Acho que não ando falando realmente o que devia. Mas bem (veja o texto já ficou desconexo) o motivo de estar aqui escrevendo é sobre um episódio interessante que aconteceu comigo nesta corrente data. Cheguei em casa sem ter o que fazer, fiquei a espreita do inesperado. Eis que meu pai chega, nada demais, ele sempre chega entre às 17 e às 19 horas. Aí fiquei indeciso sobre se iria entrar nas redes sociais ou assistir algo. Mas aí ele me pede pra lavar o carro. Nossa eu odeio lavar o carro. Não gosto, questão subjetiva e pronto! E hoje com um nível nuclear de um tédio com um T (bem grande pra você) eu me fingiria de morto pro urso. Mas como um insight do acaso resolvi ir. Não contaria com a ajuda do expert em lavar carros, meu irmão, por conta do resfriado. Estava sozinho na peleja. Comecei lavar, passar sabão nas laterais e ai me veio a recordação: meu pai acabara de vender o carro. O que isso tem a ver? Nada. Mas pensando bem, essa seria a ultima vez que eu lavaria esse carro. Esse mesmo carro a qual estava sendo adquirido quando passei no vestibular. E quando chorei por um fracasso amoroso? chorei no ultimo banco, vindo de Arapiraca pra casa. Alguns meros desavisadinhos iriam falar "cara, é apenas um carro, um bem material qualquer". Aí destaco a palavra bem em soma com a palavra material. Somos personificadores do material como um bem que se encontra no âmbito financeiro. O valor mundano para algo que é inerente a ele. Irritantemente somos província a ponto de criar o jargão do "com dinheiro compra-se outro". O outro não me recorda nem um momento sobre o que passei durante esses quatro anos. Então damos ao ser inanimado o título de valor sentimental. Aquilo que nos é dado com preço impagável aos cifrões e aos juros compostos. O carro do meu pai (vejam, nem meu é) tem um valor sentimental significativo pra mim e pra todos da minha prole. Então estava me despedindo das minhas memorias materiais. Aquilo me doeu bastante. Fiquei abatido até o momento de escrever esse texto. Talvez ele amenize a dor. Não de um carro qualquer, mas de um que eu sei bem como foi sofrido pra tê-lo de fato. Escrevo mesmo por isso. Por coisas que acho que tem valor. E nem preciso prolongar a explicação disto: os raros entenderão.
Estou bem, aliás bem é a palavra que define o meu estado bruto de espirito. Material é apenas aquilo que está no nosso alcance visual e tátil. E como estou ainda naquela jogada da simbiose, estou bem...material.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Simbiose

Distraído, vaguei pelos vales sombrios e sóbrios do Youtube. Achei um vídeo de um cara que já admiro há séculos e isso só aumenta exponencialmente. Falando do nosso hermano Rodrigo Amarante. Ele falou do significado do nome de seu novo (não tão novo, já faz um ano) CD "cavalo". Particularmente fiz como manda a receita do bolo e julguei pela capa: que nome horrível para um CD de um cara que eu acho de outro planeta. Aí nesse vídeo, em um programa português chamado "o que fica do que passa" ( que nome lindo!) vi o entrevistador fazer a pergunta crucial sobre o que significava o cavalo. Deu até a introdução do cavalo como símbolo do veículo, no candomblé. Mas o Amarante, como sempre, me surpreendeu. Falou novamente do dualismo que ele carrega desde os Los Hermanos: falou da separação entre o ser racional e o emocional. E ai falou da simbiose entre cavalo e cavaleiro, o guia se torna guiado, a cavalgada perfeita.
E pra completar falou de algo que sempre me instigou: Se eu não tivesse aqui e tivesse lá, quem eu seria? ("quem então agora eu seria?" na bela canção o velho e o moço). Assim como ele, sempre me imaginei como seria se ainda estivesse em São Paulo. Quais seriam minhas amizades, o que eu estaria fazendo agora? Isso é se desprender do plano, do padrão vital dos ponteiros cronológicos. Isso é ser livre, sem pudor. Ser dotado de uma imaginação fugaz e desdobrante. Pessoas que pensam assim, não convivem bem com o estático.
Realmente viver, sonhar e antes de morrer, não-pensar. Mas deixar o sub-consciente falar por si próprio. O processo é bem mais aterrorizante. Me vem à cabeça a teoria das probabilidades. De que o que seriamos se não fossemos, conversa que tive com os alfabéticos dias atrás. Somos disso mesmo: de referenciar aquilo que somos por medo de não sabermos mais depois. E ai vi o sentido de Mon Nom, da frase enigmática do Je suis l'etranger . De toda a preposição e a pré-disposição que o artista tem. De não poder se expressar na língua do outro. Perder o veículo, o cavalo.
Tudo se tornou claro quando se fala da distância, de Irene, do presságio sobre o novo de The Ribbon. Esse CD realmente mexeu comigo. Me extenuou de mim mesmo.
Ficamos por fim com o trecho que me fez escorrer umas lágrimas, que me fez refletir sobre o que faço como pessoa atuante e passiva daquilo que objetivo. Afinal, somos um LIVRE ARBÍTRIO, ou um LIVRO ABERTO.



Quem na rua se perde
Encontra o que pede
Acerta o que mede
E conta até errar
Que o erro é onde a sorte está


Não queira ver

domingo, 22 de junho de 2014

A morte

Reconsidero todos os conceitos volúveis sobre morte. Todos me entristeceram. Mas não uma tristeza trivial e sim uma descontinua. Aquela que nos serve de ponto de referência. A morte é como a vida. Um pedacinho da relutância que é viver. O destino final da viagem, da caminhada. Entristeço-me não por pessoas pensarem no fim e sim por não pensarem na caminhada. Nas paisagens, nos reflexos das coisas no caminho. Nos aparatos da imensidão. Ah como os deuses nos invejam. Inclusive tava assistindo um anime, onde uma pessoal imortal falava da morte e me chamou atenção pelas palavras. Falou que a decorrência de saber que não iremos ficar aqui pro resto da vida é o motivo do ser humano ir à luta. De planejar, de renunciar. De todos os infinitivos que sustentam a nossa mortalidade. De que as pessoas passam e passam e passam...e que vê-las realmente a deixava com inveja. Por que somos tão província a ponto de querer a imortalidade? Somos regidos por motivação pelo desconhecido. Mas também somos movimentados pelo novo. O que seria de nós se apenas vivêssemos sem nenhum propósito? Acho que eu, particularmente, cansaria. Ver todos que amam morrendo e nascendo no moto contínuo não me sugere instiga pela imortalidade.
Na verdade acho que ela existe na nossa vida. Um pequeno espaço para se trabalhar a imensidão: tudo que irá existir terá uma porção de cada um. Então o tudo fica por aí em cada qual. Os pronomes se misturam, se condensam. Corroboram com algo que não existe então, no físico, mas no filosófico. O que se deixa enganar por ser algo não alcançável mas não almejável. As vezes fica confuso falar da morte e da imortalidade sendo coisas antagônicas e ao mesmo tempo dois lados da mesma moeda. Sem troco nem truque, estamos a mercê do inesperado. A morte mora em cada minuto que estamos vivendo. Se alimentando do próximo carnaval, da próxima copa do mundo. Do separatismo carnal, do superego social, da intensão do ali e não do agora. Somos abençoados por não ficar pra sempre aqui: não aguentaríamos nem um segundo a mais que a nossa vida nos permite
Então vivemos enquanto estamos vivos (redundância poética e literal).

segunda-feira, 16 de junho de 2014

sem rés(sentimentos)

Antes de tudo, quero deixar claro que nada é por culpa minha. Não termino aquilo que não começo. Pedir desculpas pra quê?  Tudo é em vão. Nada é pra sempre. Prefiro acreditar no que flui, na corrente incessante da vida. Sou mais eu.
Resolvi não abri mão do meu tempo, da minha hora, das minhas músicas por ninguém. Não sou província a ponto de mentir. Andei meio conflitado com a minha hipocrisia. E envolvi pessoas. Peço a elas que me perdoem, mas não podia seguir: eu sou o que sou.
Pensei nesses dias sobre minha infância-juventude. Tempo que eu me bastava de dois pedaços de tijolo e pelo menos 4 amigos. Se tivessem em número ímpar, haveria a famosa linha-fora. E era tão legal quando íamos ao campo (do massau). Ali parecíamos mais profissionais: traves e chuteiras, muros vizinhos e muito mato ao redor. O que me fazia chorar no máximo era um arranhão no joelho ou um pontapé de algum zagueiro imprudente. Nada além disso. Não ligava (e nem ligo) para meus amigos que se gabavam por serem os maiores pegadores da escola. Eu só queria mesmo que reprisasse Digimon, que o Goku salvasse a terra. Queria que o mesmo me salvasse hoje, com soluções rápidas. Crescer é difícil. A complexidade veio à tona, mais do que um problema de física ou de matemática.
E ainda mais essa prosopopeia que faço dos meus problemas se atenua. A copa do mundo esse mês foi ainda mais nostálgica. Estava jogando bola em 2002 no meio da rua e da chuva domingo de manhã quando vi as pessoas gritando GOL. E também em 2006 no meio da rua quando gritaram "NÃO! Gol da França!". Em 2010 estava mais em casa assistindo e rindo do bolão a qual venci por apostar na galera dos países baixos. Esse ano to mais sozinho do que nunca esperando o desenrolar. Só serviu pra mostrar que a cada ano, a cada copa, vivo mais só. O meu egoísmo está mais vigente então: não quero ninguém por enquanto
A vida está me deixando com a solidão e com ela pretendo estar mais um tempo. Sem rés(sentimento)

terça-feira, 27 de maio de 2014

Voltando a voltar...

Parece redundância, mas é apenas burocracia de se escrever com trocadilhos. Não vou ( e nem ia) terminar esse texto...

(IN)Perfeição

O que me levaria a escrever a uma hora dessas? Além do pronunciamento da FIFA dizendo que não haverá copa do mundo, algo bem polêmico. Quem falou relacionamento, acertou metade. Apenas a consequência natural dela: A perfeição!
Acho que nada mais sublime do que falar sobre a perfeição. Aquilo que não se encontra defeito, brecha. Sonho? Talvez sim, talvez não. Na verdade o que me instigou a escrever aqui foi uma frase que li num artigo que falava sobre exatamente isso. "A perfeição é monótona". Nossa!
Então a contradição realmente mora ai, nesse contexto. Somos realmente tão ansiosos pela perfeição que acabamos por mistificá-la. Bem, onde quero chegar: no supra sonho do perfeccionismo. O que realmente importa então?
Vejamos outra frase, da banda Vespas Mandarinas, que diz "...tá todo mundo tão preocupado em ser perfeito que no final o que faz falta é o defeito." Complementares, diria.
Buscamos a excelência em outro ser, que no final enjoamos. Aí prevalece aquele dito do "tudo demais enjoa". Então procuramos algo que nunca alcançamos, mas no final estamos realmente procurando aquilo que já temos. Morte por antecipação, diríamos. Na verdade a beleza está em todo lugar, até na feiura. Somos cativados pelo incrível, pelo desconhecido. O Exótico é a bola da vez. Como a frase lá supracitada, a perfeição é monótona. Mulheres não são perfeitas nem homens. Procuramos em cada ser a divergência da nossa essência, para que possamos nos confrontar. Nisso mora o que chamamos de desafio.
Em suma, vivendo à sombra do perfeito, seremos sempre imperfeitos e infelizes. O prefixo não nos deixa mentir: estamos nos sacrificando em vão. Coma. Se engordar, malhe. Não quer malhar, fique assim. Não (a)pague sua existência por algo impossível. Apenas viva e sobre, sobreviva e seja feliz sem o in.
Deixo vocês com o Catatau (Fernando).


Quando você olhar para algum corpo
Que não seja tão perfeito
Olhe direito
Pois cada olhar contém o seu defeito

É estranho, né?
Mas a realidade é que ninguém sabe
O verdadeiro conceito de um preconceito
Já imaginou? Se algum dia no final de tarde
Alguém chegar do seu lado bem devagarzinho
E lhe falar bem baixinho
-Psiu, ei!
-O quanto você é feio!
Você vai chorar?
Você vai cantar?
Vai se rebolar ou pedir pinico?
Não importa, pois o mundo não é perfeito
E nós todos temos o direito
De não sermos bonitos

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Sexta feira Santa

Essa sexta feira santa foi no mínimo nostálgica. Revi amigos como o Djavan, o Rob Zombie de Maribondo (haha). Hoje a tônica da conversa foi a banda Guns N' Roses. A velha questão sobre porque do Axl ter sido um dos maiores babacas, também um dos maiores cantores (dualismo chato esse).
Fomos a casa do Johnny. Nem conhecia direito, mas parece ser gente boa. Fiquei bem instigado em saber que está aprendendo a tocar violão (eu e minha secura).
Finalmente, conversamos sobre outras coisas na volta aqui pra casa: sobre filmes e seriados. O legal de conversar com o Rob Djavan é que ele entende pacas desses assuntos. Comentamos até da primeira cena do filme do Halloween (do verdadeiro Rob Zombie, hehehe). Falamos também sobre os atores mais "FODAS" que achamos no cinema. Lista vai, lista vem e sempre há um que todos concordam que é o Tampa (Johnny Depp e Will Smith figuraram, além de Clive Owen e Tom Hanks).
Não só falando de cinema e de música, fiquei anestesiado de tanta coisa boa que presenciei. São momentos que nunca esquecemos e que nós quatro (esqueci de citar o Flávio e o Erick) fazemos voltar à tona todo reencontro. Amizade tem dessas coisas, uma hora tu tá longe e noutra tu tá mais longe ainda. Mas o que fortalece são as boas memórias, um processo insight  dentro do contexto vida.
Viver é uma faca de dois gumes. Corta a cena, corta a boa hora. Corta.

sábado, 29 de março de 2014

Medo

O medo anda por ai, espreitando-se entre as brechas da mazela social. As pessoas não vivem em paz. Somo dotados de preocupações espaciais que nunca poderemos resolver. O crime na esquina ou o da TV, todos insolúveis. Entra ano e sai ano e comemoramos o Revellion como se fosse o ultimo, por temer a tal morte. A morte já entre nós e o inferno é realmente aqui. Não, não quero acreditar que seremos ainda condenados em outra vida. Já não basta essa? Vemos corpos jogados nas valas como se fosse lixo e tendenciamos ao normal ao ver que era de um bandido. Qual a diferença? Bandido, ladrão, furtador, todos produtos da mesma coisa. Da falta de percepção. Da defasagem educacional no país. Pela falta de assistência social. Pela falta de competência. Por tantas faltas e sobras.
Nos cansamos em ver os ditos "farinhas do mesmo saco" em dois em dois anos. Mas todo primeiro domingo de outubro nessa época somos forçados a escolher entre o ruim e o péssimo. Viva la libertad. A revolução dos vinte centavos não passou de uma moda, de um filme que teve começo e fim. A copa vem aí. Se ela acontecer ou não duvido muito que irá mudar alguma coisa nas eleições. E lá que devemos começar a nos preocupar com quem vai ganhar... e principalmente quem vai perder (sempre o lado mais fraco).
Façanhas bizarras esperamos da juventude que nasceu no caos e estende a mão para coisas vãs. Não que a balada de sexta deva ser proibida. Mas que ela não vire a tônica da vida. Beber é bom, mas se tudo em demasia não vinga.
Não sei porque escrevi isso aqui nesse blog, na realidade nem tenho tanto interesse sobre escrever sobre política, economia, sociedade. Tá escrito pelo um grito que deveria ser solto.

Falo de coisas que as vezes talvez nem saiba... a inocência da suposição ainda é a melhor desculpa da intuição pessimista.  

domingo, 23 de março de 2014

Canção da América

Amigo é coisa pra se guardar
de baixo de sete chaves
dentro do coração

Como suspeitavam, esse post vai sim falar dos meus amigos. Em especial os da Universidade. Queria ter espaço em bits ou bytes aqui nesse blog pra poder descrever cada um deles, mas ai não comportaria aqui. Foi uma Odisseia típica das boas lembranças das quais iremos levar pro resto da vida. Nela, não me considero Ulisses nem muito menos Telêmaco, ou Penélope ou até mesmo os deuses do Olimpo. Mas cada um desses personagens me encorporaram durante esses quatros anos de luta. Lutei, estou com as armaduras quebradas, a espada já não corta mais meus inimigos.

Mas Diferente da Odisseia, sendo o herói, não chegarei sozinho em casa. Chegarei com as melhores companhias que poderia ter; uns ficaram no caminho, mas mesmo assim não conseguiram sair da nossa lembrança.

O momento saudosista teve outra culminância. Reunidos novamente, contamos nossas boas e más lembranças, os nossos defeitos/qualidades. Rimos, choramos, brincamos, dormimos (duas horas, ainda estou com sono). Pessoas como o Josivaldo, que eu só vejo sorrindo, fazendo palhaçada, choraram durante esse pouco tempo de despedida. Não sei como, mas não consegui chorar nas duas ultimas conversas de botas batidas que tivemos. Talvez esteja como "Ao fim de Tudo" do Cidadão Quem (minhas lágrimas não caem mais, eu já me transformei em pó...) ou sei lá chorei tanto que aprendi apenas a admirar as outras pessoas a fazerem isso com maestria. Talvez o poeta nem precise chorar por derramar tantas lágrimas em seus cadernos.

Queira dizer que agente nunca vai se separar fisicamente, que seremos sempre a galera do fundão, a galera que faz raiva na hora das aulas. Mas não posso afirmar isso, e dói demais. Daqui há alguns anos possa ser que uns esteja fora do país, outros casados, outros trabalhando. Mas de certo mesmo unidos cada um vai seguir seu caminho. Nunca pensei que poderia dizer isso a algo que foi e está ainda sendo difícil: não queria que acabasse.

Então, vamos celebrar o novo, mesmo tendo uma fobia absurda dele. O novo vai nos dizer se é pra se Manter ou Mudar, ou se mantenha a mudança. Todos vocês foram gravados no livro do meu coração, sem exceção. Quando partir dessa pra outra, quero que se alguns de vocês ainda lembrarem de mim, que sorriam ao lembrar desse pateta, desastrado, muitas vezes psicopata mesmo, mas que nunca soube amar direito as melhores pessoas que possui...

(não vou colocar ponto final no texto, ele continua nas nossas vidas pra toda a eternidade)

Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar

terça-feira, 18 de março de 2014

Enxame ou Exame

Curioso é como venho criando essas brincadeirinhas com as palavras gêmeas ( a la Millôr, com o supermercado). Esses tais de reco-reco, plaft-pluft (umas recorrências baianas, inclusive). Das formas com que escrevo, a que mais gosto é fazer umas poesias de baratina (Siba, o mestre Ambrósio). Escrever faz parte de todo um processo árduo de se jogar pra fora tudo que se quer que volte pra dentro.

"Crime: Esconder sentimentos. A pena máxima é a solidão. Mas se gerar paradoxo, esconda até não aguentar. Ai depois exploda a vontade e morra. As leis do universo são tolas que te prendem em cinco ou seis versos"

Sentindo falta de como eu simplificava as coisas quando mais jovem. Tudo era um sim pro que era bom e um não pro que era ruim. Tipo viajar pra Brasília com meu pai. A viagem foi tão maluca que lembro apenas de duas partes: a quando sai e a quando fiquei doente já na nossa capital. Instigante era ver as placas, com nomes de cidades com palavras tipo essas do Millôr, gêmeas. Notem que a contradição mora mesmo nas coisas que você deixa de notar (que são boas em grande maioria) por aquelas que são péssimas de recordar (ficar doente na estrada é dose!)

As viagens que andei fazendo nesses quatro últimos anos, em prol da minha formação acadêmica, não me saciaram quanto aquela de Brasilia. Tá, fui com amigos ótimos, conheci lugares novos e gente nova, altas resenhas nos quartos das pousadas (licença adulta pra falar isso) mas a de Brasilia eu nunca vou esquecer por conta de que não tinha nenhum propósito em si. Viajei porque meu pai me chamou e eu estava de férias sem fazer nada. A chatice realmente mora no propósito.

Ainda vou fazer outras viagens, seja com a turma, seja com a banda. Alguns serão sem propósitos, outras terão cara disso, mas serão para algo em um determinado fim. Ai nem se compararão a essa (a de Brasilia).

Vou nessa, antes que o propósito vença a chatice.

sábado, 8 de março de 2014

Des Amis

Em francês, amigos. O que dizer sobre eles? Olha que nem é dia do amigo. Mas nem precisa falar que você tem psicopatas ao seu lado pra toda vida. Os que me atraem são mesmo os loucos. Aqueles que não medem esforços para esbanjar loucura. Que nos ajudam a superar mágoas passadas, presentes e até mesmo evitar as futuras.

Quando decidi estudar com os amigos, sabia que a farra estava contida nessa cláusula do contrato. Fomos à uma aventura que nem prevíamos (até porque se chama aventura, aquilo que não se pode venturar). E fomos vivendo coisas, como passar na linha do trem, na estrada de barro, por bois ferozes. A odisseia foi completa. Faltaram alguns outros amigos mas cada um sabe seu motivo. Jogamos até chimbra (do inglês bolinha de gude) e comemos frutas, jogamos baralho, conversamos e nos emocionamos com lembranças mal e bem vividas, descobri que não tenho chance com minhas duas melhores amigas (putz, "sou todo nosso e o resto é desespero" kkkkkkk) e falamos das nossas qualidades uns dos outros (apesar de que as meninas não falaram minhas qualidades dizendo que são não-enumeráveis, não acredito nisso mas deixa estar)

Ah, estudamos também. Foi ótimo.

Nunca vou esquecer do choro do Cristiano, lembrando da sua avó e da Mirtes (por conta do choro do Cris ou por lembranças da sua avó). Da Cassia cuidando da gente e das teorias de Amor Moderno do Dalvan, sem contar com o Lilo (Músico já nem preciso definir nada) e o Thales, o anti-social que trouxemos pro lado da luz.

Je vais à la plage avec des amis. Je vais faire du sport, je vais fair du ski!"

Amo vocês, cada um do jeito que é. Daqui a 20, 30 anos quero ainda saber de cada um...

terça-feira, 4 de março de 2014

A onda

Ouço uma canção inédita que já tinha ouvido. Parece contraditório mas é assim mesmo. Sempre, no meu caso, há um arranjo que você nunca ouviu da primeira vez. Ou uma nota do contrabaixo que você admirou por estar fora ou por estar dentro até demais. É o erro é muita das vezes subjetivo, realça a beleza.

Então entrei na onda, nessa canção que me pareceu perfeita pro momento. Sou réu confesso da admiração pelo Humberto Gessinger. O modo como ele se expressa como artista é inerente demais. Ouvi suas músicas desde adolescente e até hoje não consigo parar. A onda me arrastou mar adentro, refém dela estou.

Pra pegar a onda tem que estar
Na hora certa num certo lugar


E nessa mesma onda descobri uma outra onda. Nunca tinha parado pra olhar que os meus textos estão sempre alinhados à esquerda. Acho que é falta de vontade de conserto mesmo. E relutando sobre algo que passou hoje, lembrei do falecimento de um parente de um amigo meu. A onda vem e volta, carrega todos nós: nos obriga a surfar karmas e DNA. E andar na ponta da prancha. O mar da vida não devolve nada que engole, ele deixa a onda fazer isso.

Que onda, ando querendo desistir daquilo que tanto remei pra chegar. Morrer na praia a onda leva sem dúvida. Ainda tenho um restinho de nitro sobrando pra a parte final. Não espero vencer, só sobreviver.

Qualquer tentativa de pular a onda é inútil. A onda faz parte da jangada, e vice-versa. Nem os peixes ficam de fora do sem bem-querer (meio Millôr hoje, com as palavras gêmeas).

Carnaval sem onda nenhuma por aqui. Por isso é que deve estar tão sem graça pra mim. Sem onda não surfo, me afogo. 

sábado, 1 de março de 2014

Carnaval

Se aproxima a época da balburdia alheia. Sem precedentes. Mas, nem tudo podemos negativar. O carnaval é sim uma época feliz. Porque pessoas tristes tiram suas capas pretas e colocam roupões floridos. Estampam alegrias. Mulheres que se vestem de homens, vice e versa. Parece que o gênero nem importa mais, tudo é festa.

A quarta de cinzas vai chegar, e então todos irão voltar aos seus postos. Pierrot e Columbina estarão tristes em outro enredo. Nem o Arlequim será tão fura-olho como pensamos sempre ao ouvir as marchinhas. O Jardineiro irá podar outras coisas, nem chorará pela rosa desfalecida. A água que passarinho não bebe irá acabar ou vai ficar pra depois do expediente.

Então tudo voltará. O Carnaval, particularmente, nem é tão ruim. Esse ano talvez irei fazer algo novo, conhecer gente nova e novas ideologias (ou talvez as velhas). Estive meio cabreiro (essa palavra me soou estranha) com essa passagem de carnaval. Convite amistoso, possivelmente irrecusável ( e se tratando de uma mulher agente nunca nega, bobocas) então irei sim. Fui avisado que teremos discussões sobre temas atuais, existe coisa melhor do que passar o carnaval discutindo e aflorando idéias (se você pensou em diversão, você possivelmente está certo!)?

bem, no mais, é isso. Esqueçam a história anterior de apaixonado. Vou novamente fazer como o Phill Veras canta, não me forçar ao amor...

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

comé isso ae?

Nota oficial de normalidade: Talvez esteja eu apaixonado. Que droga. Por quê? porque por mais que queira estar longe sou pegajoso demais. Um cara carente talvez. Eu só queria que ela me entendesse. Mas não vai entender nem me querer. Então chega de choramingo que amanha é sábado e que eu devo estar maluco por talvez a encontrar.

Essa merda de paixão...

Esquecemos isso. Na universidade, notei uma folia meio que inerente hoje. Pessoas na frente da instituição dançando como se não houvesse amanhã. Amanhã é sábado, já tinha falado. Mas essas pessoas não prezam pelo prazer momentâneo, isso seria normal. Elas prezam pela balburdia alheia, por todo dia ser dia de folia. Um engano. Manter o foco não significa dedicá-se exclusivamente sobre os estudos e sim saber ponderá-los. Mas viver como se o amanhã não existisse causando constrangimentos alheios no alunos que estavam ali apenas para estudar, isso é errado. Mas nem vou julgar com veemência, nem sei se essas pessoas sabem o que digo.

Vagalumes cegos, como diria o Cícero.

Hoje foi cansativo, amanhã sera mais e assim por diante. Não vejo quando irei de certeza digitar algo aqui. O bom que a demora ocasiona cócegas na cabeça para flertarmos melhor por aqui

fui!


sábado, 15 de fevereiro de 2014

Curtidas

Tenho fotos em redes sociais sim. Não porque acho que devo mostrar o que estava fazendo no determinado momento. Mas sim porque preciso me identificar. Estou pensando, como represália, colocar uma foto 3X4 no perfil do facebook. Queria ver as pessoas, em seus âmbitos de supremacia hetero-intolerante dizerem que está horrível, está feia demais (feiura e boniteza são temas para outro texto). Sinceramente não vejo o porquê das pessoas quererem mostrar as fotos com veemência absurda de beleza, sendo que realmente não são aquilo que querer mostrar. Como li sobre um filósofo chamado Zygmunt Bauman sobre as relações de amizade virtuais, o quão as pessoas possuem amigos e o quão possuem os mesmos na realidade. Uma faca de dois gumes, cortando a mão dos não-precavidos. Amizade precisa sim de cara-a-cara.

Então, olhei uma foto de uma menina aqui do meu face, vi que tinha 130 curtidas (nesse momento já possui mais). De fato, me intrigou não a quantidade de curtidas mas sim as pessoas que curtiam. Essas pessoas elogiavam a proprietária por sua beleza caucasiana, mesmo alguns não tendo sequer beleza. Imaginei que seria sincero, já que não se esperava por parte desses um retorno no mesmo patamar de adjetivos. Migrei pra outro plano: "Vou curti. Não, pra quê? Ela tem tantos aí..."

Percebi que minha curtida de nada adiantaria se não comentasse. É uma coisa meio que "quem cala consente". Ser bonito hoje em redes sociais é tão fácil como aprender mexer no photoscape (escape de fotos, bem legal a tradução).

Mas o mais legal foi quando vi que as minhas fotos não chegaram nem a um terço dessa foto. Poderia ser desesperador para o narcisista, para o arrumadinho das redes. Mas pra mim foi ponto de reflexão, somente.

E esse post, se eu colocar na rede não chegará a metade desse terço que contabilizei. As pessoas querem imagem bonita, textos eles não querem ler. Um motivo pra eu anotar na caderneta do que "não se fazer ao chegar aos trinta": Curti fotos.

Se ninguém curti esse texto, não tem problema. Ele é cosmopolita e não narcisista! (sorriso largo agora)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Imergir

Caraca essa música do SILVA não me sai da cabeça. Seja pela genialidade absurda nela ou seja pela sonoridade (ou o clipe chamativo). Mas, sem dúvida a música nos passa uma atmosfera meia que de despedida (posso estar até errado).
Ultimamente venho imergindo de algumas coisas. Venho calado mesmo gritando alto. Vejo as coisas e permaneço intacto. Talvez uma proteção, uma precaução. Ou nenhum, só falta de coragem mesmo. Basta ter a coragem (Nada a ver com Phill Veras).
E a música ainda ecoa na minha mente. Não sei se vocês compreendem, mas venho sentindo dores saudosistas esses dias. Dos meus amigos da Facul, dos quais nem irei ver com a frequência que vejo. Amigo você tem pra vida toda, certo. Mas momentos com eles são únicos. E desses agente sente uma saudade monstruosa.
E nomes vão imergindo, pessoas. Tudo. Pensamentos que não devem sai da minha mente. Vontades também. Amores, nem se falam. Tive tantos que não pude contabilizar. Os que não saíram do planejamento possivelmente ficarão apenas na intenção.

Um nome imergi: Luciano

Esse ai eu posso dizer que tem sentido. É tudo que eu tenho no momento.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Isolamento

Tá, é uma palavra, digamos, um pouco distante. Pela minha forma de ser, pelo menos. Acho que estou alimentando um monstro dentro de mim. Esse tal isolamento. Roda de amigos não me satisfazem. Pessoas legais me parecem chatas, coisas interessantes me parecem tediosas. E não, não quero chamar a atenção de ninguém. Até porque isso é inútil. Sou egoísta muitas vezes, confesso. Mas não tenho déficit de atenção. Estou triste sem motivo aparente. E a graça disso tudo é que não tem menina, não tem briga de irmão, não tem decepção alguma. Apenas tristeza. Embrulhada num papel fino de alegria.

Me recusei ir comemorar com meus amigos numa pizzaria qualquer hoje a noite. Perdão se mentir para algum deles dizendo que teria outra tarefa nesse mesmo dia. As vezes precisamos mentir para dizer a verdade. Não estaria lá mesmo estando. Seria uma estátua, todos sentiriam que estaria triste, pois sou alegre de natureza. Não preciso de piedade e sim de entendimento. Não me venham consolar, não preciso.

Estou me isolando, fato. Depois desse isolamento terei algo de bom para se colocar em prática. Ou não. Na verdade estarei longe das pessoas das quais eu mais temo. As que me fazem feliz, pois se essas partirem estarei me partindo. As que me deixam triste eu não temo, mas admiro como conseguem tal proeza.

Terei apenas o bloco de notas, meus instrumentos, minhas lembranças. Mesmo sabendo das batalhas que virão daqui há alguns dias, peço compreensão. É isso, até breve.

"Os dias que me vejo só são dias que me encontro mais. E mesmo assim eu sei também, existe alguém pra me libertar..."

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Is True Mental

Esse termo merece destaque nas ultimas coisas que venho fazendo. A verdade mental, lida rapidamente se torna instrumental, ou seja música aos ouvidos. A verdade mental só existe em nós mesmos. Eu sei que minha verdade mental é diferente das demais verdades mentais dos indivíduos nesse planeta. Curioso? Não, nem um pouco. Seria estranho que a verdade fosse única. Nesse momento a crítica deixaria de existir e seriamos tão tediosos como pedras no mar (ainda sim são belas distrações para um poeta).

Eu particularmente desisti de procurar a verdade da unicidade, ou a unicidade da verdade. No final as coisas são iguais. Mas uma coisa é certa: não se nega aquilo que não existe. Então ele é verdadeiro? Mas usaríamos a hipótese para provar a tese. Confusos? Calma que nada aqui faz sentido, se olharmos pelo lado lúcido.

Em diferentes momentos, em situações inusitadas, parto do mesmo principio a qual fui criado: finjo não ver. As vezes somos obrigados a nos cegar para que enxerguemos melhor. Vemos um passo adiante. Foi assim quando findou a minha primeira experiência amorosa formal (chama-se namoro nas sociedades civilizadas com sujeitos com o polegar opositor [Risos Altos] ). A verdade, aquela antagonista-coadjuvante, veio à tona. Infelizmente ela mostrou que muita das vezes devemos não enxergar aquilo que está nítido para que possamos ver na frente como vai ser. Assim foi. Assim será. Não temos como fugir da verdade.

Mas então somos mesmo tão sujeitos à ela? Aí inventaram um pseudo-protagonista, a chamada mentira. Acham que ela é o oposto da verdade pelo fato da ação da não-verdade ser tida como enganadora. Pois bem, se eu me enganasse no anunciado fim do relacionamento a ponto de dizer que iria dar certo estaria faltando com a verdade, mas não estaria mentindo. Um exemplo quebra toda a teoria, foda. A relação verdade-mentira só existe quando se existe ética. Relacionamentos são lugares onde o jogo sujo é aceito na maioria das vezes. É amigos, o jogo do amor também engana mas nunca mente.

Então essa é a verdade. Somos mesquinhos mesmo. Sonhamos alto, fazemos pouco. Mentimos muito e contamos a verdade. Amamos muito, sofremos em dobro. Então voltamos ao início de tudo.

Is true mental, nada mais.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Repertório

"Hoje o dia promete". Frase estranha. Nunca entendi porque o dia promete. Essas coisas de dar significado as coisas (pultz!). Mas quem a enunciou certamente sabia o que queria dizer. De fato, muitas coisas podem acontecer num dia. Tipo nada. Ou tudo. Depende do que se espera.

Hoje eu fui à casa da minha avó. Legal, né? A maioria das vezes não, fico sem fazer nada, só vendo TV ou na internet. É uma réplica da minha casa, só que sem as minhas coisas, sem meus violões ou guitarra, ou teclado (ah, já tá bom!). Pessoal todo reunido lá, uma festança só. Mas eu tenho repúdio de multidões então foi mais uma vez ruim pra mim. Se tudo que eu precisasse estivesse no meu quarto, não sairia dele pra nada. (típico do repugnante termo "NERD").

O que me faz ter medo das multidões? Conflitos ideológicos, choque de medos. Na verdade é bem mais do que isso, é da não-naturalidade das pessoas. Encontram-se e fingem como se uma gostasse plenamente da outra, que todas as burradas serão apagadas numa banquete dominical (estou muito Dostoiévski). Mas deixamos essas amarguradas de lado, pessoas me assustam. E eu também as assusto, não pela aparência (sou feio mas sou sociável) mas sim pelo meu modo de pensar "revestrés". E então sou excluído, o que as tias e os tios chamam de "sofrendo de amor" e eu denomino como "crises alternas de existencialismo medíocres"

E então criei o repertório de frases como "tá indo" ou "talvez dê certo". Um escudo meio que espartano por fora mas sensível por dentro. As frases não-ditas são as que na maioria das vezes gritam no silêncio (porra, frase linda!). Ainda tenho medo do estrago que as pessoas causam, mas vou sobrevivendo. Vou construindo cada dia mais um repertório protetor para não me entregar ao marasmo do "Como vai?" (bem complexo esse texto, Dostoiévski + Schopenhauer + Levi-Strauss, [Risos]). Nem tá tão complexo assim, vai.

Ps: Encontrei "O cortiço" de Aluísio Azevedo, vou ler em breve...  

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Besouro,

Esses dias aqui no meu quarto tem aparecido uma variedade absurda de besouros diferentes. Não entendo, nada aqui é chamativo (a não ser meu quadro verde). Mas um desses me chamou nitidamente a atenção: um verde que parecia uma folha. Ele caminha de um jeito todo exótico, meio que parece que dá uma passo pra trás mas tá indo pra frente. Hilário.

Ele me foi uma boa companhia, já que o procurei agora e não o encontrei. Deve estar escondido, assim espero. Acho que talvez como a janela estava aberta ele deve ter ido embora, cansou desse enfadonho pedaço de construção.

Me lembrei de um livro aqui do Oscar Wilde, que contava a história do Príncipe Feliz. Resumo: Era uma estátua (Fábula, meus amigos) que conversava com uma andorinha (certo!) e pedia para ela realizar alguns desejos seus, já que ele não podia se locomover (o final quem quiser saber, leia!)

O que tiro de legal dessa história é que o Príncipe era feliz dentro do seu palácio, onde durante toda a vida só conheceu aquele espaço, o seu mundo. Quando morreu, virou estátua e pode testemunhar toda a mazela que cobria seu reino. Abriu os olhos.

Somos assim, se conhecemos a felicidade dentro de um espaço, somos felizes. Se conhecemos algo a mais que o nosso mundo, nossa fortaleza desmorona. A nossa certeza tem limite nas fronteiras do desconhecido. E assim que tem que ser. Para que se não tenha felicidade em tudo, mas nas melhores coisas.

E eu sou um Príncipe Feliz aqui nesse quarto, esse é meu mundo. A andorinha é o besouro verde, nunca mais o encontrei pois foi realizar algum desejo meu, provavelmente o de explorar novos mundos. Já to com saudade desse besouro verde.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Imagem

O que uma imagem reproduz na sua mente? Realmente ela tem poderes místicos, ancestrais (qualquer adjetivo supimpa pra denominar coisa foda). Ela coça sua cabeça e instiga seus sentimentos. Sejam eles de raiva, tristeza, dor, alegria...uma imagem pode dizer tudo mesmo dizendo nada. Calada, grita alto em nossos ouvidos
Então foi isso que vi, basicamente uma imagem. Não estava em meus propósitos vê-la. Foi coisa repentina, de supetão. Eis a imagem: um menino. Mas não era um menino qualquer, era um menino que carregava uma mochila...feita de sacos plásticos. Como me doeu essa imagem. Imediatamente as lágrimas, do cara que não chora, cai. E depois outra. Tudo na sucessividade da normalidade.
Poderia andar reclamando "poxa vida como nosso país pode permitir uma coisas dessas?" ou "cadê os investimentos políticos?". Não, pela primeira vez essas perguntas não ecoaram em minha mente. Ao invés delas, veio a troca de postos. Imaginando como foi também difícil minha infância, que muitas das vezes procurava um lápis e não tinha...mas só tenho a agradecer por aquilo que tenho, focando naquilo que posso ter. Esse ter não precisa ser necessariamente material...ter-ser eu enfatizo.
Eu tenho essa mania, de inventar histórias. Sempre fui bom nisso. Então imaginei toda a dificuldade desse menino estudando, de muita das vezes sem ter o que comer, vai pra escola. Em casa, só vê pobreza. Seu pai pode ser alcoólatra ou apenas um pai desesperado por emprego. Pode ser os dois. Sua mãe, cria 10 filhos e não tem a mínima condição de melhorar de vida. Ela já pensou em abandonar todos. Então vejo novamente a foto: a chinela, a calça um tanto surrada, a camiseta regata. Tudo sugere o que eu escrevi. Mas mesmo não vendo seu rosto, pode notar pela sacola-mochila que ele tinha, sobretudo, força de vontade. E aquilo era determinístico para caracterizar seu esforço. A escola é mesmo uma coisa bonita, quando fazemos dela um prazer e não uma obrigação.
Oportunidades para todos, pois assim teremos algo chamado igualdade. Quero (ou queria) me deparar com esse menino daqui a 20 anos com um titulo de Doutor. Ou não, apenas sendo um bom cidadão, dizendo que apesar das diversidades ele venceu.
Vencedor, na verdade, ele já é...quem tenta merece recompensa. Que Deus o recompense pelo seu esforço.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Não esqueça de esquecer seu talento

Me veio repentinamente a ideia de quanto nós, seres vivos, pagamos pau pela beleza alheia (diga-se de passagem, um bem louvável para os feios). Mas ai eu me via a indagar sobre todo esse escarcéu sobre ser feio ou ser bonito. As qualidades imprescindíveis ao homem/mulher moderno. Uma música do Moveis (la vem sarcasmo) que dizia que "se é a imagem como documento, não esqueça de esquecer seu talento". Isso de fato vigora nos nossos dias: O bonitão, saradão como formas estéticas bem "definidas" é o retrato do galã, do conquistador. O cara de óculos, não contendo esses demais adjetivos é o nerd. Nerd tem talento, sabe mexer em computador, manja de matemática ou física, adora ler gibis e demais, toca algum instrumento (não, pera, vocês estão percebendo que estou me descrevendo...).

O valor está em dois lados da mesma moeda. O saradão tem sim suas qualidades físicas, muita das vezes estudou pra aquilo. Muita das vezes nem estudou.

O nerd tem defeitos. Não enxerga bem, come mal. Fala em RPG e Minecraft como ninguém. As mulheres, ao seu ver, lhe odeiam. Estuda mas deveria estar se exercitando.

Vejam que fiz um paralelo entre coisas tão antagônicas mas ao mesmo tempo tão complementares. Caracterizei o modelo masculino por parecer estar em um dos lados da moeda (não sou nerd, affz!)

(outro dia uma lembrança de post no Facebook me chamou a atenção pelo mesmo fato da discussão aqui: sobre como pagodeiros tem fama de pegadores e roqueiros zeradores [essa foi a expressão que usaram])

Entrou na minha mente também pelo fato de que algumas amigas minhas na universidade vire e mexe tocam nesse assunto. Passa um homem bem afeiçoado, tome elogio. Um nerd: tome estereótipo. Uma coisa bem trivial a meninas que estão fadadas ao trivialismo mesmo.

Nunca se quer perguntei a elas se elas me acham atraente. Não sou e nunca fui. Nem serei. Sou tão chato que nem me aturo. Mas convenhamos: sou único naquilo que faço. Não é soberba, é apenas orgulho daquilo que faz as pessoas relacionarem a mim. Música, poesia, textos. Sou feliz pra caramba por pessoas lerem isso aqui e dizerem "nossa, você tem talento!"

Pena que talento é esquecido (não se esqueça). Beleza não. Uma droga então tudo isso.

E então, fiquei esperando tocar a próxima música do Phill "eu não me forço ao amor, eu não me forço. E dessa vez vai dar na mesma, não me importo". Deve ser essa frase encrustada na minha índole que me deixa em solidão integral. Um belo preço a se pagar (risos)

(Ué, será que tem sentido eu reclamar de beleza e de amor?)

Nada disso faz sentido algum. Estética é só pra quem quer ver outra coisa. Eu me vejo como sou, não como os "outros" (ah Sartre, o inferno...) querem que eu seja. E acrescento ainda os Novos Baianos com “vou mostrando como sou e vou sendo como posso” participando desse Mistério do Planeta (mas ando sempre com mais de duas por isso ninguém vê minha sacola...).  

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Entre loucos quem tem juízo é pato (risos)

 Eu vi essa frase numa tirinha sobre conversa entre psicoPATOS. Uma palavra bem originária, e a piadinha até que lhe caiu bem. A noite eu intervenho em algumas coisas que estão me incomodando. Tipo as falas demasiadas em redes sociais. Essas redes são bem psicopatas. Devem ser patas chocas, ao meu ver.

Como a semana passou rápido...

E essa conversa, meus amigos, fica cada vez mais claro e evidente que vai ficar meio Telepática (outra piadinha com os patos) .

[Nada a ver, li um dia desse no livro do Humberto Gessinger sobre um baixista chamado Jaco Pastorius. Sinceramente nunca tinha ouvido falar, mas fiquei curioso e pesquisei, o cara era monstruoso]

Eu me peguei quero fazer logística com os dias de vir escrever aqui. Não vai dá certo, sou muito leigo as disciplinas, as regras. Prefiro dar lugar ao inesperado, esse ainda me parece mais bonito.
Então vou escrever aqui quando me der na telha (essa expressão é bem estranha). Vocês estarão à mercê do improvável, do imprevisto. Isso é mesmo lindo.

Um tanto Psicopatético eu diria, nada pior do que fazer algo de supetão. Não, pera, se fosse obsolescência programada (dá-lhe Gessinger) estaria escrevendo uma história de terror. Ou de estresse mesmo. No final o terror é estressante e o Estresse é terrível.

Sou um telepata mas poderia ser um telepato.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Pelé é um gênio, mas o Edson é foda

Essas palavras ecoaram na minha mente e como de praxe me veio dúvidas e dúvidas e...(moto-contínuo). Sem problema, o cara que escreveu (Não citarei, [sorrisos]) estava disposto a dar ar a imaginação alheia. Como fonte de retrocesso mental, foi tentar achar a significância. Foi em vão. Nem me lembrava mais o que queria procurar no dilúvio de informações futebolísticas-personalistas que encontrei
O fim de semana foi bom, conheci gente nova, que também faz/trabalha com arte. Fiquei bêbado de tanta cultura nesse sábado. As vezes, vocês leitores não sabem, mas apagamos linhas e parágrafos inteiros só porque iriamos dizer uma bobagem (essa eu não vou apagar). Muita das vezes a inspiração é como a nossa eletricidade, alterna. Então estamos sujeitos à ela. Mas vai e vem dá pra escrever uns cinco ou seis linhas, o que importa é o que está escrito, não quanto.

Realmente esse domingo foi o oposto do sábado. Não no sentido ruim, mas no sentido de calmaria demais. Eu tenho um pouco de receio do remorso (parafrasear Moveis soa sacana) da calmaria, justo no domingo. Não fiz nada que me pusesse na cabeça que seria esplêndido, o dia foi tão trivial que acabou sendo tedioso.
Desses tédios com T maiúsculos.

Comecei a pensar sobre a segunda e o que ela poderia me oferecer. Inclusive irei ficar em casa novamente. Mas a sensação da segunda, essa é ímpar. A segunda instiga algo que nos deixa atônito. Que nos imprime certa pressa sobre o que fazer. Talvez seja pela frenética propaganda sobre as pessoas indo trabalhar na segunda. E temos também como símbolo de "ida indesejada às tarefas".

Então me veio à cabeça (ainda bem que não foi no estômago) que o tempo não influencia muito. O que influência mais é a nomenclatura a qual damos à ele. Um domingo chato e uma segunda frenética. Ambas em casa, com o mesmo tempo mas com sensações diferentes. Como o calendário juliano é foda...

Ah, lembrei. Estava falando de que como duas coisas são iguais, mas se nomearmos diferentes temos sensações diferentes. O Pelé e o Edson são a mesma pessoa, mas sentimos uma coisa quando lembramos do Pelé e outra quando lembramos do Edson. Os dois são fodas, mas o Edson é o Domingo e o Pelé é a Segunda-feira.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Entidades

Realmente nem vinha escrever, mas somos escravos da inspiração, ou da inquietude (ou apenas do tempo). De fato estava a pensar nesse negocio de entidades. De todos os tipos, de todos os tamanhos e cores. Sabores também. Segundo um site (nem vem que não divulgo), colocou os seguintes significados:

O termo "entidade" pode ser:
Entidade (ente), um conceito de filosofia
Entidade (religião), um ser sobrenatural no candomblé ,umbanda e no espiritismo
Entidade (informática), um conceito de informática e computação
Entidade (contabilidade), um princípio contábil de escrituração
Entidade administrativa, uma pessoa jurídica da administração pública indireta, podendo ser autarquia, fundação pública, empresa pública ou sociedade de economia mista.


Os conceitos são diversos para uma mesma palavra. Como nossa língua é bela é robusta. Fui olhar link por link e no primeiro me chamou a atenção o conceito de Ente como tudo aquilo que existe. Exatamente. Esse Ente englobaria tudo,certo? E ele se englobaria? De fato todo conjunto é subconjunto de si próprio. 
Respondida essas perguntas, me vi em desespero por não ter certeza do Ente como uma parte que pode ser um todo para um e uma parte para outro. Esse Ente é como se fosse relativizado a cada Ente que possa aparecer como "maior". Bem confuso.

Esse conceito se estenderia pelo religioso. Entretanto, fiquei com medo de clicar no link, sabia que algo poderia estar de acordo ou não com os meus conceitos. Decidi ficar apenas com o filosófico para não correr o risco de cair no abismo mental.

A conversa era a mesma, ontem, sobre um post do Facebook da qual eu citei a frase "quem é feliz não pode ser inteligente". Seria eu sovina o bastante para não explicar aos "Entes" sobre o que seria? Me recusei. Uma vez ouvi que o artista não tem obrigação de explicar sua arte, ele deixa-a para as mil interpretações. (querer ser artista não é arrogante, como soou em primeira instância essa frase).

Então, meus Entes, encerro minhas escrituras hoje, deixando um pouco da burrice de ser infeliz por querer, felicidade é algo longínquo mas escancarado, então me contenho com minha tristezinha embrulha no papel fino de alegria (Millor ao avesso, repara!) 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Choro ou Chorus?

Bem, nem tinha pensado na ideia de escrever algo por aqui hoje. Muita inspiração pra pouca vontade (sinistro!). Mas muita das vezes é só acender a velinha em cima da cabeça (acho lâmpada ultrapassada) que me vem a tal vontade. Percorri caminhos inerentes até chegar nesse esboço. Muita das vezes (de novo essa expressão?) eu tenho vontade de deitar e só levantar no dia seguinte (o nome disso é preguiça). Basicamente eu venho tendo ideias e praticando que é bom nada. Sou assim meio parado no tempo. Eu penso muitas vezes em dividir as tarefas e mesmo assim continuo sem saber o que fazer. Tenho preocupação a beça pra querer me desesperar. Então guardo esse papal cronológico (a qual damos o nome de calendário). Tenho uma prova semana que vem: nem estudei com coerência. Aliás, o que vem me faltando é coerência. Coro. Decoro (escrever palavras irmãs, você não é o Millôr Fernandes). Aí já começo a falar coisa com coisa e só porque vi o nome Chorus (Coro em Inglês) fitei nessa de fraternizar as palavras. Agora vou ver se tem algo pra estudar de verdade. Mas essa mentira poética é tão mais bonita que a verdade científica...

domingo, 5 de janeiro de 2014

Bom dia bom

Pultz (começando bem) fazia tempo que eu não vinha escrever aqui nesse blog. O tempo muita das vezes me é inimigo (ou é bastante filha da puta). De sexta pra cá vários acontecimentos foram notórios na minha estranha vida. O primeiro deles foi ir à casa do Ítallo e ficamos lá o dia todo, tirando som, jogando Bomba Patch (All Rights Reserved, rsrsrsrsr). Um ótimo dia. No sábado, foi a vez da reunião calorosa sobre política na casa do camarada André Luiz (bem ao estilo soviete). A noite nem foi tão legal, sow fiquei tocando mesmo e depois assistindo alguma porcaria televisiva (tão boa que nem me recordo dela). No domingo foi pra casa da vovó (soa muito bobo isso) e a noite, adivinhem: Show de Jazz e Blues na praça.
Nem queria, ainda encontrei os brothers da OK, muita gente conhecida ou semi. Resumo, foi um final de semana excelente. Bom dia bom.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Nem tempo




Na verdade não existe nenhuma linha que possamos dividir o nosso tempo. Mesmo que tênue, não precisamos enxergá-la. As transições são parte de um processo chamado vida. Se você vivê-las necessariamente não enxergará a tal linha, pois de fato estarás ocupado vivendo. Preocupação nunca foi bom e em demasia é suicídio. No mais, escrevo sobre linhas, mas essas continuam invisíveis. É como se soubéssemos como e quando mas não sabemos explicar quão tão grande é nossa ineficácia diante do que se sucede ou não. Ficamos estáticos sem saber por onde começar. Mas já começamos sem perceber. Essa é a verdadeira graça da vida: Ser espontâneo.

Fico pensando sobre aqueles que querem prever algo sobre eles. Não enxergam a linha e nem vivem a vida.