sexta-feira, 29 de agosto de 2014

"Dormir, pra quê? tanta coisa pra fazer..."

Eu nem ia escrever hoje. Estou doente, a garganta parece que tem 2 kg de terra dentro arranhando tudo. Mas decidi escrever para medir um tanto quanto acho que esses textos tem de importância. Quando falo de importância, falo em todas as pessoas (possíveis) que irão ler o que escrevo. Na verdade iria optar por relevância, mas relevar não minha opinião é algo mais sutil. Quero iniciar do mais bruto. Então surgem naturalmente algumas perguntas bobas sobre "quem irá ler esse texto?" ou "será que as pessoas iram se IMPORTAR?"
Ainda to no jogo da "dúvida é o preço da pureza". Mantendo essa pureza, sigo escrevendo. As vezes crio meta-estrofes de pilantra como o Apanhador Só, outras vezes só apanho mesmo. É a dureza da significância pairando no ar.
Nós precisamos sempre doar algo. Nem que seja um conhecimento exótico, um manual budista. Mas não podemos deixar de trocar essas coisas com os demais. Não me considero como um escritor de manuais ou de auto-ajuda. Sou comum, apenas escrevo o que vejo ao meu redor. Se sonho as vezes, perdoe-me: é o espírito jovem! Escrevo em tom e caligrafia sincera. Não quero alcançar modas, personificações do "nossa como ele é bom, por que não escreve um livro?" Ta aí outra coisa que eu não tenho certeza se quero. Livros são tão pragmáticos com seus começos, meios e fins. E nenhum deles se justificam.
É isso. Não ia dormir tão cedo sem colocar essas coisas no papel moderno. Sem lirismo algum. O ostracismo me espera logo em seguida. Mesmo com pessoas, me sinto só. Acho que andar demais com a solidão me fez parte dela.

Obs: Título do texto foi retirado da canção "Nesse instante só" do Graveola e o Lixo Polifônico....

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