quinta-feira, 28 de março de 2013

Tudo

Paro diante do Espelho. Será que essa pessoa ai sou eu? Aquele que um dia sabia de tudo e pra onde iria. Que sabia que passo dar adiante. Este, pra onde foi? Nem mesmo eu responderia se soubesse. Um dia eu sonhei em navegar os sete mares em busca do desconhecido, hoje só quero pagar uma prestação. Antes queria mostrar que a poesia vence o individualismo, hoje nem sei respeitar a vontade do outro. Isso que venho me tornando é consequência daquilo que sempre fui? Ou será que somos o que nos mostram? Perguntas a se fazer, respostas a se buscar. Um incomodo pensamento bate depois: será que fiz por merecer tudo que me aconteceu? Ou será que preciso perder pra merecer? A cada dia, um sonho morre por centésimo de segundo, por falta de alimento necessário. Por falta de coragem? Acho que mais por falta de incentivo. Os sonhadores estão em extinção. No lugar deles, apareceram os ambiciosos. Os que desejam riquezas falsas e dependentes da vida terrena. Quem será lembrado: Drummond ou Gates? Talvez os dois por motivos diferentes. Mas não coloco a ambição em xeque. Coloco o medo de sonhar e ambicionar o diferente. Homens que querem vidas pacatas morrem todo dia e também nascem todo dia. Mas Stevie Jobs nem Stephen Hawking não: Estes são únicos. Seja você um UNICO que possa ser chamado de VOCÊ pelo resto da vida e depois dela.Voltando ao espelho: Eu sou o que escolhi ser, devo aceitar a condição.

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