terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Reencontros

Hoje poderia ser um dia comum. No verbo conjugado dessa forma, imperfeitamente, a mudança reside. Bem, hoje estava marcada uma confraternização dos meus compatriotas de sala. Até ai, beleza, venho vendo eles durante os últimos cinco anos. Foi legal ver que todos estão bem, uns eu ainda não tenho (e nunca vou ter) proximidade como tenho com alguns. Sou muito dessa de ou tu é meu amigo ou apenas uma pessoa a mais ali. Alguns assuntos calorosos na ponta da língua de alguns mais chegados (depois eu entro em detalhes). Foi tudo bem típico.
Fomos assistir O Hobbit. O filme parece que veio na hora certa, eu precisava ver algo que me fizesse me levantar da poltrona e vibrar. Classifico como perfeito o filme, um bom resumo daquilo que eu esperava, e com a direção do mestre Peter Jackson, foi divino.
Mas o mais interessante foi que além desses reencontros, outros mais inesperados aconteceram. Encontrei a Brenda e a Priscilla, pra trazer a tona a nostalgia la do meu ensino médio e como o meu terceiro ano foi foda. Tenho usado muito essa palavra, foda. Acho que pode render outros textos. Mas ai, fomos a Carajás, aplicar uma prova (na verdade acompanhar o Cristiano) e eu reencontro o O Keka (kkkk esqueci o nome dele, desculpa) que me retornou ao meu ensino fundamental e a Aline (ahhh) a qual eu era apaixonadinho no terceiro ano. Casou, assim como tudo mundo casou nessa porra de cidade. Meus amigos todos casados e eu? Eu escrevo essas paradas aqui, acho que cinco ou seis pessoas leem e tal. Fui na pizzaria com os alunos do Cris, acho que foi uma presepada, mesmo eu curtindo em alguns momentos, acho que ali sim vi que eu vou me excluir desses ciclos amistosos por um bom tempo, Ando meio chato pra aturar até eu mesmo!
O resumo da ópera em português: eu achei interessante como tudo se interligou. Cinema, ciclo de amigos atuais que podem não ser tão atuais, os que não são mais atuais e os que podem vir a ser. Ou talvez não. Sei lá.
Acho que esse final foi tão vazio quando o texto todo. Vou esperar a inspiração bater em minha porta. até ano que vêm!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Eu odeio praia

Sol, calor, curtição...nem vem, esse não sou eu. Sou um murmúrio no meio dos feriados julianos na cidade vazia. Me lembrei agora dos escritos do jedi (hahaha) Gessinger sobre ficar em casa no feriado enquanto todos vão à praia. Dá pra se conhecer melhor tudo o que você acha que sabe que existe mas nunca deu a mínima.
Bem, final de ano, como todo mundo sabe, lá se vão as pessoas curti a praia. Outras vão pro campo (mas essa é outra história...), certo? Mas a maioria vai pra o pior lugar do mundo. Minhas lembranças sobre esse lugar absurdamente grotesco não são as melhores. Pra vocês terem uma ideia, perdi um óculos novinho lá na praia. Putz, foi muita burrice minha querer nadar de óculos (nesse momento todos riem). E nesse dia, que eu acho que foi o dia a qual eu comecei a detestar os lugares com água do mar, ficamos sem suprimentos por falta de cálculo. O David, que era o cara mais chato do mundo e ficava no top 10 da galaxia (mentira, era top 3) tava bêbado e enquanto eu dormia ele jogou terra na minha cara. Como era pequeno, não pude fazer nada. Se fosse hoje também não faria. Sou passivo demais pra brigar por algo. Mas minha vingança veio quando ele queria comer e eu não deixei um sanduíche sequer pra ele. Acho que estávamos na Barra de São Miguel (Porra, São Miguel tem barra?).
Daí pra cá eu traumatizei. Quando os familiares chamavam eu sempre arrumava uma desculpa esfarrapada. "Vou ter que estudar pra uma prova..." ou "Eita domingo eu vou pra casa de um amigo estudar...". Já vai em uns 2 anos bons que eu não vou à praia tomar banho (uns 5 por livre e espontânea vontade).
O legal que eu percebi era que eu era pouco exigente com o ambiente quando era moleque. Nem queria saber se tinha somente "David" na viagem ou na praia, eu queria ir. Gostava da companhia da galera mais velha (a qual minha irmã fazia parte) e sempre tentava chamar atenção. A velha questão da aceitação social. Hoje não, eu nem tenho de fato uma galera da minha rua (as vezes nem saio de casa), a galera da facul nunca foi ( a não ser nos congressos). E é isso, eu prefiro muito mais o sossego da minha solidão do que o barulho da solidão dos outros.
Um retrocesso anunciado? Bem, eu diria um ostracismo sofisticado. Um encontro a luz de velas comigo mesmo. A praia tem o mar, tem outras coisas bonitas. Mas eu sou uma maré. Sou um revés brasileiro: odeio o tropical, ele me inspira alegria demais. E tudo que é demais acaba sobrando. É assim que me sinto na praia, sobrando.
A todos um bom começo de ano, só volto aqui ano que vem...

domingo, 7 de dezembro de 2014

Domingo

"Domingo é sempre assim e quem não está acostumado
 é dia de descanso, nem precisava tanto
 é dia de descanso, programa Silvio Santos"

Bem, esse meu domingo, ao contrário da música dos Titãs, foi bem produtivo. Foi um domingo ontem deixei todas as mazelas espirituais de lado e foi sim, beber como gente grande. Nadei da piscina que nem cabia todo mundo, mas foi felicidade de sobra. Carne a vontade.

Nunca descrevi a amizade. Um sentimento tão bonito que nem precisa. Mas hoje, com poucos amigos, uns em maior grau que outros, vi que só precisava daquilo as vezes. De esquecer do resto do mundo e das brigas desnecessárias que venho arrumando pro meu coração. Do compromisso apressado, do descompromisso comigo mesmo. Do chiste interior. Uma das falas que eu não esqueço foi a do sábio Odair (a barba é de pajé, sempre desconfiei) foi sobre "oia, se eu tivesse isso aqui todo dia, acho que nem precisava mais viver correndo atrás do nada"
Se sossego fosse rotina, realmente nem precisávamos ter nascido. Como o Amarante falou em entrevista sobre "se não houver tristeza, pra que alegria?". Os dois lados da moeda são complementares. Devemos sentir sim aquela aguda tristeza da madrugada fria e solitária (nossa que drama!) pra depois sentir a névoa baixando e o sol brilhando. Somos on/off mesmo.
De todo coração, não queria que esse domingo com os amigos acabasse. Amanha volta a realidade (hoje já). Como se o carnaval de alegria acabasse e o Pierrot tivesse que vestir novamente sua roupa de executivo e ir lutar no escuro da vida capitalista. A volta da balada do homem comum.
Bem, é isso, a felicidade foi servida, com a amizade e muito riso de tira-gosto e sobremesa. Amém!