terça-feira, 14 de abril de 2015

O passo do passado

Nunca gostei de começar os textos com esses títulos estilo trovas e prosas, rumos e prumos (kkkkkk). Na verdade eu nem ia escrever hoje, já faz um bom tempo que eu não tenho paciência nem tempo (mentira, tenho os dois, de sobra inclusive). Nesse momento tá rolando Money do Pink Floyd, acho que o Waters e o Gilmour vem sendo pauta das minhas discussões com os meus amigos roqueiros ou não. Simples o fato dessa banda me encantar pela densidade de suas faixas, pelas letras. Pelo progressivo, que é um som legal de se ouvir. Mas não vou falar sobre música e sim sobre algo que eu não imaginaria ver novamente tão cedo (ou nunca).
Bem, em meados de 2004, eu ainda andava na igreja evangélica a qual meus pais frequentam. Eu (adivinhem?) era músico. Tocava violino, tava iniciando ainda. Já falei que não ia falar de música e parou...bem, eu nunca fui um garoto bonito ( e provavelmente não vou ser). De certo me encantava em algumas ocasiões com algumas pecinhas (a la Dalvan, hein!). Aquele amorzinho de puberdade: a menina olha pra você e imediatamente você imagina uma cena de filme americano, com vocês dois passeando de mãos dadas no parque, jogando comida para os pombos (não faça isso, eles são uma organização criminosa alada), andando de bicicleta e etc. Mas ela sempre vai gostar do carinha mais descolado, que é mais velho. Daí você fica triste, acha que a vida acabou. A galera vai jogar bola no massal e tudo acaba em gols, dribles e amigos.
Porém, tinha uma menina. Ela era linda. Loirinha, cabelo castanho, sorriso lindo. Nossa, ela era uma das mais bonitas da igreja, eu ficava besta olhando pra ela. E aí, nessa hora, você desse lado imagina que não vai ter nada entre eu e ela, nem fudendo. Verdade. Pelo menos pra ela. Pra mim, ia acontecer. Num domingo nada ensolarado (na verdade nem sei o clima naquele dia, eu tava pensando em comer o lanche no final do ensaio musical) eis que estou do lado de fora da igreja e quem estava olhando pra mim com o olhar compenetrante de quem vai te engolir? Acertou mais uma vez. A menina, a linda loirinha que eu sonhava. Até aí tudo bem. ela não deu entender nada. só ficou olhando pra mim umas meia hora, sei lá (deve ter sido "que bixo é esse?"). Enfim, fui pra casa e esqueci. Mas na segunda, uma colega minha que era amiga dessa loirinha falou que ela tava afim de mim. Cascalho, eu havia fisgado logo o maior peixe. Disse que no domingo queria me ver.
A ilusão se alimentou a semana toda. Eu fiquei imaginando de novo as bobagens dos filmes americanos estrelados por algum John ou Robert. E o domingo chegou, mas ela não foi pra igreja. Acabou que minha colega disse que ela já tava com outro. Pancada na cara, nocaute do chão de giz do Zé Ramalho mais uma vez. Fiquei abalado, perdi o episódio do Goku fase 3, mas superei.
O que eu pretendia ao escrever essa novelinha? Pois é, nos achados e perdidos do facebook, achei a tal garota, a qual não havia visto jaz dez anos. Ele continua linda, não sei (e nem quero saber, os tempos são outros, amis ) sobre seu estado civil. Só salientei porque acho que o passado veio à tona e eu deveria o expor. Não entendi se o passo do passado é a corrida do futuro. Ou é o presente que me presenteou. De fato, fiquei nostálgico e notívago, duas palavras fodas pra se usar num texto. Que me couberam bem. Espero que não a veja mais, não quero que ela pense que eu (ainda) sou aquele menino bocó. Bocó é tão supimpa pra terminar o texto quanto supimpa. Ela que viva a vida dela, linda loirinha do sorriso lindo. Eu, vou divagando aqui com meus caracteres, minhas notas errôneas e meus acordes pra vida. Voilá, temos um vencedor! 

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