quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Retrocesso?

Minha semana se esvai. Como a água no chuveiro. Ou como o dia deportando o sol pro outro lado do mundo. Meus silêncios são, em sua grande maioria, marca-passos, marcando o tempo que ora deixei perdido entre versos e algumas letras de músicas. De todas as perguntas que ando me fazendo, as mais indiscretas são as do tipo "o que sou?". E como não encontro resposta alguma, esvazio-me. Paradoxos são luxo pra quem tem prestações e contas a pagar, tarefas a serem cumpridas. Levo ao pé da letra tudo que me condiz em dizer ao medo: fuja daqui! Pareço até meio bizarro quando escrevo algo, sou tão imprevisível quanto o homem do tempo. Nunca começo aquilo que me parece entediante, mas nessa semana entediante, nada mais entediante que a redundância. Ao que se diz respeito ao cinismo, acaso, esses adjetivos ou sei lá a classe gramatical deles, eu emolduro no sótão dos meus pensamentos mais obscuros. A semana se esvai, se esvazia, se esconde. Dentro dela cinco ou seis pedidos de socorro do violão que eu nunca mais toquei por falta de tempo ou de vontade. Aliás, vontade é uma coisa rara onde a contramão predomina. Então ande na via dupla, pois seria sem graça a vida monocromática e monoteísta!

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